Depois de uma curta viagem que durou pouco mais de uma hora aterrámos no aeroporto de Da Nang. Daí ainda tínhamos de seguir viagem até à cidade de Hoi An situada 30 Km's a sul e na qual iríamos permanecer nos próximos dois dias.
Chegámos ao Areca Homestay já para lá das nove da noite, fizemos rapidamente o check-in e depois de uma refeição rápida demos um pequeno passeio pela zona ribeirinha de forma a ficarmos com uma ideia do ambiente que se vive na cidade.
Na manhã seguinte optámos por sair bem cedo para aproveitar as temperaturas mais frescas. Seguimos em direção ao rio Thu Bôn que é um dos principais pontos de referência da cidade e onde a esta hora se alinham dezenas de pequenas embarcações de madeira.
Depois de dois dias na caótica Cidade de Ho Chi Minh toda aquela calma parecia não fazer qualquer sentido, ainda que nos soubesse bem abrandar o ritmo e caminhar sem ouvir uma única buzinadela ou poder atravessar as ruas sem que nos tivéssemos de preocupar com o trânsito.
Desde 1999 o centro histórico de Hoi An está listado como património mundial da UNESCO.
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Para visitarmos os principais pontos turísticos da cidade foi necessário adquirir um ingresso (válido por 24 horas) que nos daria acesso a cinco locais à escolha.
Apesar desta área não ser muito grande, a verdade é que nela estão presentes uma grande quantidade de pontos de interesse, sendo-nos de certa forma difícil selecionar quais os cinco locais onde iríamos utilizar o nosso bilhete combinado. A muito custo traçámos uma curta lista de desejos e decidimos que por uma questão de localização, a Capela da Família Trân seria a nossa primeira paragem.
Construída no início do século XIX esta é uma das mais antigas casas da cidade e tal como havíamos previsto, é um dos locais onde a influência arquitectónica inspirada em motivos Chineses e Japoneses está fortemente presente.
Construída no início do século XIX esta é uma das mais antigas casas da cidade e tal como havíamos previsto, é um dos locais onde a influência arquitectónica inspirada em motivos Chineses e Japoneses está fortemente presente.
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O espaço revela-nos os aposentos de uma influente família local, dando-nos desta forma a oportunidade de mergulhar (ainda que superficialmente) na intimidade dos seus habitantes atuais. Para lá das salas decoradas com imagens do passado e dezenas de objetos históricos, gostámos sobretudo do pequeno altar onde ainda se continua a prestar homenagem aos membros da família que já partiram. Depois que Hoi An passou a fazer parte dos principais roteiros turísticos do país, este local acabou também por se transformar numa espécie de museu, sendo atualmente um dos pontos de interesse a ter em conta para todos aqueles que visitam a cidade.
Depois de regressar ás ruas pejadas de charme que circundam a zona ribeirinha, chegámos quase por acaso à elegante mas movimentada Ponte Japonesa, erguida pela comunidade nipónica que ocupou esta área da cidade durante um longo período.
O objectivo desta ponte foi o de facilitar o transporte de mercadorias e pessoas entre o bairro japonês e o chinês situado do lado oposto do canal. Com o avançar dos séculos esta bonita passagem coberta perdeu o seu propósito comercial, mantendo ainda assim o encanto de outros tempos e hoje, é indiscutivelmente um dos mais movimentados pontos de ligação entre as duas margens.
O objectivo desta ponte foi o de facilitar o transporte de mercadorias e pessoas entre o bairro japonês e o chinês situado do lado oposto do canal. Com o avançar dos séculos esta bonita passagem coberta perdeu o seu propósito comercial, mantendo ainda assim o encanto de outros tempos e hoje, é indiscutivelmente um dos mais movimentados pontos de ligação entre as duas margens.
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Este seria outro dos locais onde contávamos gastar mais uma entrada do nosso bilhete, mas com a enorme quantidade de visitantes ali presentes conseguimos atravessar a ponte e visitar o pequeno templo que se encontra na zona central, sem que o nosso ingresso fosse validado.
Outro dos edifícios históricos mais importantes de Hoi An é a antiga Sala de Reuniões da Comunidade de Cantão, construída em 1885 com o propósito de acolher os eventos sociais e religiosos da população ali residente. Da arquitectura destaca-se não só a decoração repleta de motivos chineses, mas também os detalhes coloridos que nos acompanham desde o grande portal que assinala a entrada. Do teto pendem inúmeros rolos de incenso que ao arderem de forma continua espalham pelo ar um agradável e quase hipnotizante aroma perfumado.
É a partir do pátio central adornado com uma bonita fonte composta por uma estátua de um dragão que acedemos a diversos pequenos altares que certamente foram em tempos usados pelos habitantes locais.
Também ficámos a saber que todos os anos nos dias 15 de Janeiro e 24 de Junho o espaço é fechado ao turismo para a realização de um festival religioso que atrai muitos descendentes da antiga Comunidade de Cantão.
Este seria outro dos locais onde contávamos gastar mais uma entrada do nosso bilhete, mas com a enorme quantidade de visitantes ali presentes conseguimos atravessar a ponte e visitar o pequeno templo que se encontra na zona central, sem que o nosso ingresso fosse validado.
É a partir do pátio central adornado com uma bonita fonte composta por uma estátua de um dragão que acedemos a diversos pequenos altares que certamente foram em tempos usados pelos habitantes locais.
Também ficámos a saber que todos os anos nos dias 15 de Janeiro e 24 de Junho o espaço é fechado ao turismo para a realização de um festival religioso que atrai muitos descendentes da antiga Comunidade de Cantão.
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Terminada a visita e já com o calor a fazer-se sentir, afastámo-nos um pouco da área mais central em busca de outro dos locais que havíamos incluido na nossa lista.
Pelo caminho acabámos por nos cruzar com um grupo de turistas que passeavam calmamente nos famosos ciclos, um meio de transporte muito comum nesta zona do país mas cada vez mais raro nas grandes cidades.
Terminada a visita e já com o calor a fazer-se sentir, afastámo-nos um pouco da área mais central em busca de outro dos locais que havíamos incluido na nossa lista.
Pelo caminho acabámos por nos cruzar com um grupo de turistas que passeavam calmamente nos famosos ciclos, um meio de transporte muito comum nesta zona do país mas cada vez mais raro nas grandes cidades.
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À chegada à Sala de Reuniões da Comunidade de Fujian percebemos de imediato o porquê deste local ser altamente recomendado nos guias turísticos.
Depois de sermos recebidos pelo lindíssimo portal que dá acesso ao interior do complexo, fomos percorrendo sem pressa toda esta área erguida à mais de 250 anos, na altura em que o primeiro grupo de mercadores chineses se estabeleceu em Hoi An.
Com o passar dos anos e à medida que a cidade foi perdendo a sua importância comercial, o espaço foi convertido num Templo dedicado à deusa Thien Hau (protetora dos marinheiros).
Lá dentro e numa altura em que éramos os únicos visitantes, deliciámo-nos uma e outra vez com a decoração visivelmente influenciada pela cultura chinesa. Voltámos a deparar-nos com dezenas de rolos de incenso que pendem do tecto, com um pequeno altar que sobre si guarda algumas imagens religiosas e com uma tênue melodia oriental que nos persegue e embala enquanto ali permanecemos.
Aproximava-se a hora de almoço e de forma a tirarmos o máximo partido da culinária tradicional sem que isso implicasse gastar muito dinheiro, decidimos ir até ao Mercado Central, onde segundo nos foi transmitido seria o sítio ideal para satisfazermos os nossos desejos.
Ainda que ultimamente se tenha tornado ponto de passagem de muitos dos turistas que visitam Hoi An, o mercado ainda parece ter o seu lado genuíno, mostrando-nos aqui e ali um pouco da vida quotidiana das gentes locais.
Depois de uma volta rápida percebemos que o espaço é dividido por várias secções e apressámo-nos a chegar à área onde se situam as bancas de comida. Escolhemos uma ao acaso e sem saber muito bem o que pedir, resolvemos seguir a sugestão do senhor que connosco dividia o balcão. Num par de minutos e com uma eficácia quase mecânica, foi-nos servida um tigela guarnecida com os tradicionais noodles, carne de porco, diversos tipos de verduras e um ou outro ingrediente que não conseguimos identificar. Provámos, deliciámo-nos e apaixonámo-nos por esta maravilhosa comida vietnamita que só agora ficamos a saber chamar-se Cao Lâu.
Depois de visitarmos aos restantes locais por nós selecionados, achámos que valia a pena alargar um pouco a área a explorar, enriquecendo ainda mais a nossa passagem por esta região. Para isso resolvemos alugar umas bicicletas que para além de serem baratas também nos iriam permitir chegar facilmente ás Praias de Cua Dai situadas a cerca de 6km's de Hoi An.
Pedalámos ora por estradas mais movimentadas ora por caminhos mais calmos rodeados de campos de arroz que nos iam obrigando a realizar sucessivas pausas para que pudéssemos guardar nos cartões de memória aquelas paisagens pintadas de tons verde.
Depois de quase uma hora com muitas paragens à mistura chegámos ao local pretendido, e apesar do sol continuar a brilhar, fomos recebidos por um vento desagradável que sem demoras nos fez abandonar a ideia de que aquela tarde iria ser parcialmente passada nas águas do Mar da China.
Com o mar cada vez mais agitado, limitámo-nos a ficar sentados neste pequeno paraíso que tem assistido a um grande aumento de popularidade muito devido ao cada vez maior número de turistas que se deslocam a Hoi An.
Apesar de tudo a viagem não foi em vão. Adorámos e recomendamos a visita a esta bonita praia.
Já com o sol a ameaçar beijar o horizonte iniciámos o caminho de regresso a Hoi An e à nossa chegada fomos surpreendidos com o ambiente de certa forma romântico que parecia ter tomado conta da zona ribeirinha.
Ao contrário do que havia acontecido na véspera, hoje a cidade estava completamente iluminada com centenas de lanternas de papel que dão ainda mais cor não só ás ruas mas também a uma pequena parcela do Rio Thu Bôn. É claro que percebemos que estávamos perante algo especial, e só entendemos o porquê quando perguntámos a uma simpática senhora que numa banca improvisada tentava vender alguns pequenos cestos de papel guarnecidos com uma vela.
-"Hoje é a primeira noite de lua cheia e este festival serve para celebrar a sua chegada. É bonito não é?" - atirou com orgulho.
-"É lindo!" - respondemos nós.
Completamente rendidos à beleza daquele momento, resolvemos também nós entrar no espirito festivo e fizemos a nossa parte para dar um pouco mais de cor à cidade.
Apressámo-nos a comprar uma vela que lançámos à água ao mesmo tempo que formulávamos o desejo de para o ano, por esta altura, estarmos de novo em viagem.
Talvez Hoi an se tenha vestido a rigor para se despedir de nós.
A nossa aventura continua nas Ruínas de My Son.
Depois de sermos recebidos pelo lindíssimo portal que dá acesso ao interior do complexo, fomos percorrendo sem pressa toda esta área erguida à mais de 250 anos, na altura em que o primeiro grupo de mercadores chineses se estabeleceu em Hoi An.
Com o passar dos anos e à medida que a cidade foi perdendo a sua importância comercial, o espaço foi convertido num Templo dedicado à deusa Thien Hau (protetora dos marinheiros).
Lá dentro e numa altura em que éramos os únicos visitantes, deliciámo-nos uma e outra vez com a decoração visivelmente influenciada pela cultura chinesa. Voltámos a deparar-nos com dezenas de rolos de incenso que pendem do tecto, com um pequeno altar que sobre si guarda algumas imagens religiosas e com uma tênue melodia oriental que nos persegue e embala enquanto ali permanecemos.
Aproximava-se a hora de almoço e de forma a tirarmos o máximo partido da culinária tradicional sem que isso implicasse gastar muito dinheiro, decidimos ir até ao Mercado Central, onde segundo nos foi transmitido seria o sítio ideal para satisfazermos os nossos desejos.
Ainda que ultimamente se tenha tornado ponto de passagem de muitos dos turistas que visitam Hoi An, o mercado ainda parece ter o seu lado genuíno, mostrando-nos aqui e ali um pouco da vida quotidiana das gentes locais.
Depois de quase uma hora com muitas paragens à mistura chegámos ao local pretendido, e apesar do sol continuar a brilhar, fomos recebidos por um vento desagradável que sem demoras nos fez abandonar a ideia de que aquela tarde iria ser parcialmente passada nas águas do Mar da China.
Com o mar cada vez mais agitado, limitámo-nos a ficar sentados neste pequeno paraíso que tem assistido a um grande aumento de popularidade muito devido ao cada vez maior número de turistas que se deslocam a Hoi An.
Apesar de tudo a viagem não foi em vão. Adorámos e recomendamos a visita a esta bonita praia.
Já com o sol a ameaçar beijar o horizonte iniciámos o caminho de regresso a Hoi An e à nossa chegada fomos surpreendidos com o ambiente de certa forma romântico que parecia ter tomado conta da zona ribeirinha.
Ao contrário do que havia acontecido na véspera, hoje a cidade estava completamente iluminada com centenas de lanternas de papel que dão ainda mais cor não só ás ruas mas também a uma pequena parcela do Rio Thu Bôn. É claro que percebemos que estávamos perante algo especial, e só entendemos o porquê quando perguntámos a uma simpática senhora que numa banca improvisada tentava vender alguns pequenos cestos de papel guarnecidos com uma vela.
-"Hoje é a primeira noite de lua cheia e este festival serve para celebrar a sua chegada. É bonito não é?" - atirou com orgulho.
-"É lindo!" - respondemos nós.
Apressámo-nos a comprar uma vela que lançámos à água ao mesmo tempo que formulávamos o desejo de para o ano, por esta altura, estarmos de novo em viagem.
Talvez Hoi an se tenha vestido a rigor para se despedir de nós.
A nossa aventura continua nas Ruínas de My Son.
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Estou desejosa de continuar na aventura. Adoro as fotos! Beijinhos.
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