sexta-feira, 18 de agosto de 2017

PALÁCIO DOS MARQUESES DE FRONTEIRA - LISBOA


O Palácio dos Marqueses de Fronteira é atualmente um dos tesouros mais bem guardados da capital. Um tesouro que não faz parte dos roteiros turísticos e do qual pouco ou nada se fala. São escassos os turistas que sabem da sua existência e até os próprios lisboetas, muitos deles, desconhecem por completo este pedaço de história situado na freguesia de S.Domingos de Benfica, a dois passos da mata do Monsanto.

Este é sem dúvida um edifício marcante, que de forma quase heróica resistiu ao avançar dos anos e que ainda hoje, passados mais de três séculos desde a sua construção, mantém intactos o charme e o brilho dos seus tempos de glória. 
O espaço chegou a ser considerado um dos mais bonitos exemplos da arquitectura palaciana do século XVII e os seus bem cuidados jardins fazem orgulhosamente parte da lista dos melhores jardins do mundo.

A casa que ainda hoje é habitada por descendentes directos da família de D.João de Mascarenhas, 1° Marquês de Fronteira, encontra-se aberta ao público, mas as visitas são limitadas e acontecem somente durante a manhã.

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A VISITA AO PALÁCIO DOS MARQUESE DE FRONTEIRA:

A incrível fachada vermelha que se vê da estrada, indica que estamos no lugar certo. Estaciono o carro e logo depois atravessamos os portões de ferro que protegem o pequeno pátio onde se situa a bilheteira e onde compramos os ingressos para a próxima visita que se inicia não tarda nada.
À hora marcada as portas abrem-se e somos recebidos por uma simpática funcionária da Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, que nos convida a entrar, relembrando pouco depois a todos os presentes que é estritamente proibido fotografar no interior do palácio.

Com um entusiasmo que salta à vista, a senhora de sotaque britânico vai-nos guiando pelos corredores e salas ricamente decoradas,ao mesmo tempo que nos fala sobre o passado glorioso daquela residência que chegou a receber a visita de reis e rainhas.


A Biblioteca é um dos locais de paragem obrigatória. Várias centenas de livros alinhados ao longo das estantes fazem companhia ás dezenas de molduras onde surgem fotografias dos antepassados, assim como de pessoas notáveis que de uma ou outra forma fizeram parte da história do palácio.
As janelas abertas deixam entrar o ar, atenuando o calor que se faz sentir. Lá fora avistam-se alguns prédios modernos que se erguem para lá dos limites do jardim e nos relembram que apesar daquela viagem no tempo ainda nos encontramos no século XXI.

A visita prossegue sempre na companhia da nossa guia que se esforça para responder de forma clara ás questões que lhe são colocadas pelos visitantes.

As peças e o mobiliário dispostos de forma organizada são originais e as paredes da Sala das Batalhas repletas de lindíssimos painéis de azulejos de tons azuis guardam certamente segredos íntimos, revelando-se como um testemunho vivo das noites de gala vividas naqueles salões.

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A Sala de Jantar é a derradeira paragem da visita. Aí e depois de mais uma breve explicação são abertas as portas laterais que nos conduzem ao Terraço da Capela, onde naquela bonita manhã do mês de junho o azul do céu parece fundir-se na perfeição com os painéis de azulejo que cobrem grande parte das paredes exteriores.
É neste local e depois de visitar a capela e uma pequena gruta artificial revestida com pedaços de porcelana, que nos despedidos da anfitriã. A visita guiada pelo Palácio termina mas ainda temos tempo para percorrer de forma independente os labirínticos jardins que se estendem por dois patamares distintos e convidam a um relaxante passeio.





O primeiro onde impera um ambiente mais reservado, encontra-se repleto de árvores de grande porte que de maneira uniforme protegem aquele espaço da luz do sol e do calor que se faz sentir.





Mais a baixo, o grande jardim, estende-se por vários metros e no qual crescem arbustos que talhados de forma artística formam uma espécie de labirinto por onde sabe bem caminhar. No ar paira o som da água corrente que brota das várias fontes existentes, embalando os passos de quem por ali anda.
A sul, num enorme tanque, onde mais uma vez a presença de azulejos é bem visível, nadam de forma despreocupada um casal de cisnes que certamente fazem daquele local a sua residência oficial.
Na parte superior, numa área apelidada de Galeria dos Reis, a vista é fantástica e o caminho é feito par a par com mais um enorme painel de azulejos que cobre a longa parede onde os bustos de diversos reis de Portugal parecem vigiar os nossos movimentos. 

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INFORMAÇÕES ÚTEIS:

-MORADA:

Largo de S.Domingos de Benfica n°1, 1500-554-Lisboa

-O PALÁCIO NA INTERNET
www.fronteira-alorna.pt

-HORÁRIO DAS VISITAS
O Palácio encontra-se aberto ao público todos os dias, excepto domingos e feriados.
De Junho a Setembro - 10:30, 11:00, 11:30, 12:00
DE Outubro a Maio - 11:00, 12:00


-PREÇO
9,00 euros (palácio e jardim)
4,00 euros (jardim)



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