O desafio estava lançado. Tínhamos mesmo de ir ás Filipinas!
Marcou-se então a viagem e ainda que o tempo que dispúnhamos para permanecer no país fosse de certa forma limitado, não hesitámos nem por um segundo em incluir a ilha de Palawan no nosso roteiro. Depois de um curto voo desde Manila e de uma atribulada viagem de autocarro que teve início na cidade de Puerto Princesa, chegávamos então ao tal pedaço de paraíso que num certo dia despertou a nossa curiosidade. A verdade é que nem por um minuto nos sentimos desiludidos, até porque a beleza estava toda lá. Foram dois dias inesquecíveis, nos quais tivemos oportunidade de nos banhar em águas tão translúcidas que pensávamos não existir neste ou noutro mundo. Durante a nossa curta estadia também visitámos praias desertas com areais imaculados e nas quais a presença humana parece só estar reservada a meia dúzia de habitantes locais e aos turistas que embarcam num dos vários tours propostos na pequena cidade. Em suma, sentimo-nos uns privilegiados por poder testemunhar tamanha beleza.
INFORMAÇÕES ÚTEIS:
.COMO CHEGAR
Este pequeno paraíso fica situado no norte da ilha de Palawan. A maioria dos turistas que aqui vêm chegam em voos vindos de Manila ou Cebu. Voos esses que aterram no Aeroporto de Puerto Princesa, a principal cidade da ilha.
Para ir do aeroporto até el Nido, a melhor opção é apanhar uma das muitas vans que percorrem diariamente a longa e sinuosa estrada que liga as duas cidades. São entre quarto e cinco horas numa van onde parece caber sempre mais um. A estrada é de fraca qualidade e repleta de subidas e descidas e de curvas e contra-curvas que maltratam e castigam os estômagos dos passageiros mais sensíveis. Muitos deles acabam por não resistir a tanto abanão. Connosco correu tudo cinco estrelas mas por duas vezes, na nossa viagem de ida, tivemos de fazer paragens de emergência a pedido de alguns dos nossos companheiros de viagem!
Logo à saída do aeroporto somos abordados por dezenas de vendedores que nos tentam impingir esta viagem ao paraíso. Não esquecer que o preço a pagar nunca deverá ultrapassar os 500 pesos por pessoa.
À chegada a el Nido todas as vans descarregam os passageiros no terminal rodoviário, situado alguns quilómetros a sul da cidade. Para chegar ao centro basta apanhar um triciclo, pelo qual não deverá pagar mais de 50 pesos.
.A CIDADE
A próxima paragem leva-nos até à belíssima praia/ilha de Simizo. Este foi o local escolhido para nos ser servido um delicioso almoço confecionado na hora.
A próxima paragem estava reservada naquele que segundo o pessoal responsável pelo tour, seria o ponto alto do dia.
A última paragem do dia foi a Seven Commandos Beach. Foi nesta praia paradisíaca cheia de palmeiras que descansámos depois de um dia tão cansativo.
Life is hard in the Philippines!
-TOUR C
A cidade em si é pequena e tem poucos pontos de interesse. É o típico local virado somente para o turismo. Hotéis, bares, restaurantes, lojas de souvenirs, agências de viagens e dive centers. Não falta nada para satisfazer o turista.
.ONDE DORMIR
Como já referimos a pequena localidade é farta em hotéis, hostels e guesthoueses capazes de satisfazer todos os tipos de gostos e carteiras.
A nossa escolha (e não quer dizer que tenha sido a melhor) recaiu na pequena mas simpática Ashok Homestay situada num local calmo a poucos minutos a pé da praia e do terminal de onde saem os barcos.
.O QUE FAZER
Os chamados tours de Island Hopping, são a principal atividade em el Nido e mal chegámos percebemos que não existe loja, hotel ou café que não venda estes passeios.
Os "pacotes" propostos estão divididos em Tour A, B, C e D e funcionam basicamente como daytrips que saem por volta das nove da manhã, regressando à base entre as quatro e as cinco da tarde.
O dia é passado a bordo de pequenas embarcações típicas que percorrem a Baía de Bacut e vão parando em algumas das ilhas do arquipélago. O almoço está incluído.
Os preços variam consoante o tipo de passeio escolhido. Convém relembrar que estamos no Sudeste Asiático e regatear é obrigatório. Certifique-se que os apetrechos para fazer snorkeling estão incluídos na tarifa, assim como a obrigatória taxa de eco-turismo que comprada à parte custa 200 pesos (válida por 10 dias e que poderá ser usada em qualquer dos tours realizados).
Os passeios mais "famosos" e os que praticamente todos fazem (incluindo nós) são o A e o C.
Depois de fazer os tours ainda lhe vai sobrar uma tarde e se se sentir com energia suficiente para mais uns mergulhos, sugerimos que apanhe um triciclo até à Marimegmeg Beach que fica a uns 3 quilómetros do centro.
EM QUE CONSISTEM OS TOURS:
Island Hopping em el Nido é algo obrigatório. Para nós este foi dos locais mais lindos que tivemos o privilégio de visitar nas nossas andanças pelo mundo. Praias de sonho, algumas delas escondidas no interior de baías quase fechadas e só acessíveis por via marítima. Ainda hoje recordamos as lagoas com águas de um azul turquesa tão cristalino que mesmo sem mergulhar nos deixam observar com nitidez o incrível mundo subaquático existente alguns metros mais abaixo.
Dá ideia que na altura da criação deste mundo a mãe natureza perdeu a cabeça e resolveu abusar na beleza que dedicou a el Nido.
Como já referimos estes passeios estão divididos em quatro pacotes diferentes: A, B ,C e D.
Aqui fica uma breve descrição dos únicos dois que realizámos e que segundo as
-TOUR A
Este tour tem cinco paragens. Nós começámos na Small Lagoon, uma lagoa escondida por entre as enormes encostas da ilha de Miniloc e onde permanecemos por cerca de uma hora. Durante esse período alugámos um kayak (300 pesos) e aproveitámos para percorrer o local de forma tranquila. No final ainda tivemos tempo para fazer um pouco de snorkeling.
Enquanto o pessoal responsável pelo tour tratava da refeição, nós e os nossos companheiro de tour aproveitámos para desfrutar deste local fantástico. Apanhámos sol, mergulhámos e passeámos. Em resumo, foram momentos únicos rodeados de um cenário surreal.
Pouco depois do almoço voltámos a zarpar e regressámos à Ilha de Miniloc. Primeiro visitámos a Big Lagoon onde por questões ambientais não é possível mergulhar. O barco limita-se a avançar calmamente por entre as escarpas rochosas que parecem romper as águas translúcidas daquela lindíssima baía.
A próxima paragem estava reservada naquele que segundo o pessoal responsável pelo tour, seria o ponto alto do dia.
Atracámos numa pequena praia digna de um cartão postal, caminhámos uns metros dentro de água até chegarmos a um minúsculo buraco na rocha. Aí e sempre sob o olhar do nosso guia fomos entrando um a um. Este é o único acesso à Secret Lagoon (que como haveríamos de constatar de secreta já não tem nada).
A beleza do local é inquestionável.
Na nossa opinião o grande ponto negativo é o facto de todos os barcos guardarem a visita a este local para o final do tour. O cenário é de uma beleza avassaladora e achamos que merecia ser desfrutado de forma tranquila, sem os gritos de alguns turistas com pouca noção da palavra respeito. Na altura que visitámos a lagoa deveriam estar duas ou três dezenas de pessoas no interior, o que acabou por influenciar bastante a nossa opinião sobre o local. A água que supostamente deveria ter um tom de azul turquesa idêntico aos locais que conhecemos durante o dia de hoje, encontrava-se "carregada" de areia levantada pelo constante vai e vem de pessoas.
A última paragem do dia foi a Seven Commandos Beach. Foi nesta praia paradisíaca cheia de palmeiras que descansámos depois de um dia tão cansativo.
Life is hard in the Philippines!
-TOUR C
Mais um dia bem passado.
Como combinado, quinze minutos antes da hora marcada já estávamos à porta da agência que nos vendera o tour.
Pouco a pouco fomos conhecendo os nossos companheiros de viagem que também aguardavam pela chamada que aconteceu já perto da nove da manhã.
Depois de uma breve explicação, avançámos mar adentro e a ilha onde estava previsto fazermos a primeira paragem ia ficando cada vez mais próxima.
O barco atracou na Helicopter Island. Saltámos para a água caminhámos até à praia e durante alguns segundos deliciámo-nos com aquela visão.
O barco atracou na Helicopter Island. Saltámos para a água caminhámos até à praia e durante alguns segundos deliciámo-nos com aquela visão.
Tínhamos uma hora para aproveitar naquele local maravilhoso. Enquanto alguns dos nossos parceiros optam por estender as toalhas de forma a aproveitar o sol, nós em conjunto com mais duas ou três pessoas pegámos na máscara e no tubo e lançamo-nos à descoberta daquele lindíssimo mundo subaquático repleto de corais e peixes coloridos.
Por muito que quiséssemos ficar por ali mais tempo o programa tinha de ser comprido e esta era só a primeira paragem do dia. Outras se seguiam e ao que parece com locais ainda mais espetaculares.
Foi já perto do meio dia que chegámos à Talisay Beach, onde iria ser servido o almoço e que se revela mais um pedaço de paraíso.
Foi já perto do meio dia que chegámos à Talisay Beach, onde iria ser servido o almoço e que se revela mais um pedaço de paraíso.
Enquanto esperávamos que a comida estivesse pronta fizemos amigos de ocasião, que provavelmente não voltaremos a ver mas que acabaram por ser a companhia perfeita neste dia.
Depois de almoço damos um último mergulho e seguimos em direção ao Matinloc Shrine a única paragem de cariz cultural deste tour.
Na área onde se situa o santuário propriamente dito, existe uma escadaria que nos conduz ao topo de uma falésia de onde temos uma vista brutal.
Destacamos ainda a pequena praia onde atracam os barcos. O areal não tem mais de dez metros de extensão mas no que toca à beleza é gigantesca.
A quarta paragem do dia aconteceu naquele que para nós se revelou o sítio mais fantástico que visitámos durante a nossa passagem por el Nido.
Quando abandonamos o barco nunca imaginamos que por detrás daquela enorme escarpa rochosa se encontrava uma paisagem de uma beleza ímpar. Depois de caminharmos uns cinquenta metros chegámos àquela que muitos considerariam a praia perfeita. Afinal o paraíso existe, chama-se Hidden Beach e nós tivemos o privilégio de lá estar.
A quarta paragem do dia aconteceu naquele que para nós se revelou o sítio mais fantástico que visitámos durante a nossa passagem por el Nido.
Quando abandonamos o barco nunca imaginamos que por detrás daquela enorme escarpa rochosa se encontrava uma paisagem de uma beleza ímpar. Depois de caminharmos uns cinquenta metros chegámos àquela que muitos considerariam a praia perfeita. Afinal o paraíso existe, chama-se Hidden Beach e nós tivemos o privilégio de lá estar.
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Depois da Hidden Beach seguiu-se a Secret Beach.
Este local é em tudo idêntico à Hidden Lagoon que visitámos no dia anterior, mas dez vezes mais bonito.
Imagine uma pequena praia completamente fechada no interior de gigantescas escarpas rochosas e na qual a água tem um azul tão cristalino que deixa ver o fundo e os peixes coloridos que ali procuram abrigo.
Segundo nos foi transmitido foi neste local que Alex Garland se inspirou para escrever o livro "The Beach" que mais tarde foi adaptado para o cinema e que acabou por levar ao estrelato a famosa ilha Phi Phi Don (Maya Bay) na Tailândia.
Na nossa opinião el Nido é um dos locais mais lindos que já visitámos. Apesar de ser de difícil acesso vale mesmo a pena incluir este pedaço de paraíso no roteiro de quem pensa visitar as Filipinas.
Este local é em tudo idêntico à Hidden Lagoon que visitámos no dia anterior, mas dez vezes mais bonito.
Imagine uma pequena praia completamente fechada no interior de gigantescas escarpas rochosas e na qual a água tem um azul tão cristalino que deixa ver o fundo e os peixes coloridos que ali procuram abrigo.
Segundo nos foi transmitido foi neste local que Alex Garland se inspirou para escrever o livro "The Beach" que mais tarde foi adaptado para o cinema e que acabou por levar ao estrelato a famosa ilha Phi Phi Don (Maya Bay) na Tailândia.
Na nossa opinião el Nido é um dos locais mais lindos que já visitámos. Apesar de ser de difícil acesso vale mesmo a pena incluir este pedaço de paraíso no roteiro de quem pensa visitar as Filipinas.
- NÃO ESQUECER DE LEVAR:
- Protetor solar
- Sapatilhas de neoprene
- Chapéu/boné
- Óculos de sol
- Garrafa de água
- Máquina fotográfica
- Saco impermeável
- OUTRAS CRÓNICAS SOBRE AS FILIPINAS:
- Bohol - A ilha com montanhas de chocolate
- Boracay - Guia Prático
- Underground River, Sabang
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