Antes das seis e meia da manhã já estamos prontos, e de mochilas às costas seguimos para a zona comum do hotel onde não tarda nada será servido o pequeno almoço. Enquanto esperamos caminhamos os poucos metros que nos separam da praia, que àquela hora se encontra envolta numa paleta de tons alaranjados, anunciando mais um dia de calor. Para lá das nuvens que preenchem o horizonte o sol vai fazendo a sua aparição gloriosa. Ficamos ali de olhos postos no mar a assistir a todo aquele espetáculo que de forma perfeita cessa a nossa passagem por Matemwe.
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Agora sim, regressamos para tomar o pequeno almoço e sentamo-nos perto de um casal de Italianos que após dois dedos de conversa, nos confessam que naquela manhã também seguem para norte...sendo assim vamos todos juntos!
Com o estômago reconfortado fazemo-nos à estrada na esperança de apanhar a primeira de duas dála-dálas que nos transportará até ao nosso destino, e que por sorte passa naquele exacto momento.
As mochilas são atiradas para o tejadilho, enquanto nós somos distribuídos pelos poucos lugares ainda vagos.
Ambas as viagens decorrem sem percalços e em menos de duas horas alcançamos a zona norte onde nos deparamos com um ambiente completamente distinto daquele que havíamos experimentado até então.
Nungwi é sem sombra de dúvidas o principal polo turístico da ilha, contudo vê-se claramente que existe um equilíbrio saudável entre o moderno e o tradicional. Logo à chegada a esta pequena cidade costeira percebemos que a "injecção turística" que vem sendo administrada nos últimos anos não tem para já força suficiente para aniquilar o lado mais genuíno das gentes da região.
Nas ruas de terra batida envoltas numa constante nuvem de poeira as mulheres continuam a passear-se com os seus trajes típicos, os meninos e meninas regressam da escola envergando os seus uniformes aprumados e os homens deslocam-se de forma despreocupada em bicicletas que já viram melhores dias. Pelo caminho e enquanto ao longe se escuta o chamamento da mesquita, cruzamo-nos com pequenos estabelecimentos comerciais onde bens primários e objetos de caris turístico são vendidos em conjunto, tentando desta forma atrair locais e forasteiros.
As mochilas já ficaram na agradável guest house que nos servirá de base nas próximas duas noites e num minuto percorremos os poucos metros que nos separam da praia.
Depois de cinco dias em Zanzibar nunca pensámos que ainda nos conseguíssemos surpreender com a cor do mar que banha esta terra de sonho.
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Turistas...várias dezenas deles, salpicam aquele bonito areal que nesta zona é ladeado por diversos resorts hoteleiros e restaurantes onde é possível comer ao mesmo tempo que se desfruta das excelentes vistas sobre o Oceano Índico.
Ainda é cedo para pensar-mos no almoço e damos um mergulho rápido para logo depois seguirmos tranquilamente para leste, onde ao longe já se avista o farol que assinala o local para onde nos dirigimos.
Progressivamente o ambiente vai acalmando, uma vez que poucos turistas parecem ter a curiosidade suficiente para se aventurarem nesta zona mais distante do centro e onde a vida tradicional das gentes locais ganha outra dimensão. Parece ser um mundo só deles, com pessoas simples, trabalhadoras e de corpos marcados pelas difíceis condições a que estão sujeitos.
A certa altura passamos por uma espécie de estaleiro onde vários homens constroem e reparam embarcações num ritual que provavelmente se repete desde há centenas de anos. Do lado oposto e sobre as águas sempre azuis, um grupo de pescadores descarrega um barco, trazendo para terra redes e outros objectos que não consigo identificar.
É domingo e por não haver escola, só as muitas crianças que por ali brincam de forma despreocupada parecem tirar o devido proveito da extrema beleza que nos envolve.
O farol é logo ali, assim como o local que abriga o Centro de Proteção de Tartarugas Marinhas e sobre o qual já havíamos ouvido falar.
São cinco dólares, o preço do ingresso que nos dá acesso ao espaço onde além de termos a oportunidade de interagir com estes seres graciosos, também ficamos a conhecer na integra este projecto que tanto tem feito pelas tartarugas que habitam as águas em redor do arquipélago.
Gostámos bastante da visita, das explicações e sobretudo de saber que este projecto que vive essencialmente do preço dos ingressos e de donativos, continua a fazer um trabalho excepcional.
A hora de almoço já lá vai sem que os nossos estômagos tenham tido qualquer aconchego.
De volta ao areal fazemos o caminho de regresso ao centro, onde num agradável restaurante nos deliciamos com umas apetitosas gambas grelhadas, acompanhadas por uma cerveja local bem fresquinha.
Mais um dia que termina de forma perfeita!
INFORMAÇÕES ÚTEIS:
.COMO CHEGÁMOS A NUNGWI:
Foi extremamente fácil chegar a Nungwi usando os transportes públicos.
Logo á saída do hotel em Matemwe apanhámos a dála-dála número 118 que nos levou por cerca de 30 minutos até Uyagu. Aí esperámos pela chegada da dála-dála 116 que por sua vez nos deixou mesmo no centro da cidade de Nungwi.
.ONDE DORMIMOS EM NUNGWI:
Por ser provavelmente o local mais procurado pelos turistas que visitam Zanzibar, a zona de Nungwi encontra-se extremamente bem servida de hotéis. Existem opções de alojamento para todos os gostos e carteiras o que dificultou um pouco a nossa tarefa de seleção.
A escolha acabou por recair sobre a Casa Umoja, um pequeno mas charmoso hotel situado a dois passos da praia e onde passámos duas excelentes noites.
Logo á saída do hotel em Matemwe apanhámos a dála-dála número 118 que nos levou por cerca de 30 minutos até Uyagu. Aí esperámos pela chegada da dála-dála 116 que por sua vez nos deixou mesmo no centro da cidade de Nungwi.
.ONDE DORMIMOS EM NUNGWI:
Por ser provavelmente o local mais procurado pelos turistas que visitam Zanzibar, a zona de Nungwi encontra-se extremamente bem servida de hotéis. Existem opções de alojamento para todos os gostos e carteiras o que dificultou um pouco a nossa tarefa de seleção.
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