sábado, 11 de outubro de 2014

MALTA - HYPOGEUM DE HAL SAFLIENI E OS TEMPLOS DE MNAJDRA E HAGAR QIM


O dia de hoje será dedicado à arqueologia.
Temos como objectivo visitar e conhecer dois locais distintos, ambos de extrema importância. Estamos obviamente a falar do Hypogeum de Hal Saflieni e dos templos Mnajdra e Hagar Qim. O primeiro fica situado no centro da ilha ao passo que os outros se encontram na costa sul. 
Por uma questão de localização a primeira visita do dia irá ser o templo subterrâneo de Hal Saflieni, também conhecido por Hypogeum.


.HYPOGEUM DE HAL SAFLIENI
Convém referir que este é dos sítios mais difíceis de visitar em Malta, pois o número de visitante diários está limitado a 60 e para obter o precioso ingresso é necessário fazê-lo através do Site oficial e com vários meses de antecedência. 

Na nossa opinião o bilhete é exageradamente caro (35 euros), mas por se tratar de um local único, o valor acaba por se justificar. Para quem não conseguir reservar on-line aconselhamos que se dirija ao posto de turismo de Valletta onde provavelmente conseguirão bilhete para um dos próximos dias. Este serviço tem um custo ligeiramente superior.

O nosso ponto de partida é,
 como vem sendo hábito, a cidade de Sliema, onde apanharemos o bus X2 para a cidade de Paola. É aqui que se encontra este centro arqueológico descoberto em 1902.
O Hypogeum de Saflieni é na realidade uma antiga necrópole escavada no solo e que data de um período entre 3600 e 3000 a.C.
A visita começa com uma breve explicação introdutiva que antecede a tão aguardada descida para este mundo frio e misterioso que numa primeira fase nos dá a conhecer o primeiro nível subterrâneo que segundo nos foi transmitido é a área mais antiga do Hypogeum, no qual tivemos a oportunidade de ver diversas câmaras funerárias.


Interior
Interior
A visita continua e chegamos ao nível dois que na nossa opinião é a zona mais interessante do complexo. Nesta área as salas são em maior número e na qual é bem visível uma evolução na forma de talhar a pedra, com as diversas secções ali presentes a revelarem terem sido esculpidas dando de certa forma importância aos detalhes e acabamentos.

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Interior

NO SEGUNDO NÍVEL DESTACAMOS:
  .A SALA PRINCIPAL: de onde saem diversos corredores que nos conduzem a outras salas. Foi também aqui que foram encontradas algumas estatuetas de onde se destaca a "Sleeping Lady" que atualmente se encontra exposta no Museu Arqueológico de Valletta.
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A SALA DO ORACLO: que provavelmente é a mais pequena de todas e que se caracteriza por produzir um eco bastante forte das vozes masculinas. O tecto encontra-se decorado com algumas pinturas de formas circulares e em espiral. 
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A SALA DECORADA: é redonda e nas paredes estão reproduzidas inúmeras formas geométricas.
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O POÇO DAS SERPENTES: é um buraco com cerca de dois metros de profundidade onde se pensa que seriam guardadas cobras.

Talvez por nunca ter sido encontrado quaisquer tipo de artefactos ou vestígios fúnebres, o verdadeiro propósito do terceiro nível continua a ser um mistério. A maioria dos arqueólogos acreditam que se tratava de uma espécie de câmara de armazenamento.

A visita demora no máximo uma hora e meia e na nossa opinião desaconselhada a pessoas que se sentem pouco à vontade em locais fechados.

Despedimos-nos do Hypogeum de Hal Saflieni, e é agora altura de seguir viagem em direção à costa sul da ilha onde iremos visitar as mais antigas ruínas pré-históricas do país.

Esta etapa é um pouco mais complicada, visto que teremos de apanhar dois autocarros para alcançar o nosso objetivo. O primeiro (X2 ou X3) que nos levará de Paola até ao aeroporto de onde teremos de seguir ora no 201 ora no 71A até Hagar Qim.


.TEMPLO DE HAGAR QIM
Pode-se dizer que as zonas arqueológicas de Hagar Qim e Mnajdra são um dos tesouro pré-histórico mais valiosos não só de Malta mas também do planeta, uma vez que é neste local que se encontram um conjunto de vestígios arqueológicos pertencentes a um período que vai desde o ano 3600 a 3200 a.C.
Desde 1992 estão classificadas como património da UNESCO. 


Planta do templo de Hagar Qim
Depois de adquirir o ingresso somos encaminhados para um auditório onde através de um pequeno filme (com efeitos 4D) temos uma explicação bastante educativa sobre a história dos dois templos existentes no complexo.
Esta explicação demora cerca de dez minutos e assim que deixamos o edifício principal avistamos de imediato (do nosso lado direito) a enorme cobertura que protege o Templo de Hagar Qim.




Este complexo megalítico impressiona pela localização e pelas gigantescas pedras de origem calcária usadas na sua construção, especialmente o enorme monólito situado do lado direito da entrada principal que pesa umas incríveis vinte toneladas.





Pensa-se que o Templo de Hagar Qim seria usado para a realização de rituais durante o solstício de verão e inverno.



 
 
Setecentos metros mais a abaixo encontra-se o Templo de Mnajdra.
Esta estrutura é composta por três áreas distintas, cada uma delas construída em diferentes períodos que vão do ano 3600 ao ano 3000 a.C. 
Aquela que se encontra à direita no mapa é a mais antiga (3000 a.C.) e obviamente a zona que apresenta maiores sinais de degradação. É também a mais pequena das três e apesar de já ter sido restaurada, pouco ou nada sobreviveu da estrutura original.

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Planta do templo de Mnajdra



À esquerda (sul) fica a mais recente e a que se encontra em melhores condições. Aqui é possível ver que algumas das paredes ainda se encontram mais ou menos conservadas, assim como os vários portais que dão acesso a divisões interiores.
A grande particularidade deste santuário é o facto da porta principal estar perfeitamente alinhada com o nascer-do-sol nos dias do equinócio de primavera e outono.






 

A estrutura central (Norte) data de um período intermédio e foi construída sobre uma plataforma mais elevada, dando-lhe desta forma uma posição de destaque em relação aos outros dois que acabámos de visitar.



Mesmo para quem não é amante de arqueologia este, é na nossa opinião, um local que merece ser visitado, mais não seja pela sua enorme importância histórica. Além disso o parque arqueológico fica situado a poucos metros das impressionantes falésias da costa sul da Ilha de Malta.

Depois da visita e como estávamos rodeados de uma paisagem deslumbrante, resolvemos fazer uma caminhada de cerca de 40 minutos até à cidade vizinha de Ghar Lapsi.

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A caminho de Ghar Lapsi
 

Assim que chegámos depáramo-nos com um dos locais mais bonitos desta nossa passagem pelo país. Diante nós tínhamos uma incrível piscina natural que nos deixou cheios de vontade de dar um mergulho.
O problema é que infelizmente não tínhamos vindo preparados com bikini e calções de banho!
-"fica para a próxima..."


Ghar Lapsi
Ghar Lapsi
Ghar Lapsi
Ainda assim optámos por ficar naquele pedaço de paraíso até bem perto do final do dia, e mesmo não tendo ido a banhos acabamos por assistir a um maravilhoso pôr-do-sol.
Sentados à beira-mar deliciámos-nos com umas sanduíches enquanto assistimos ao momento em que o grande astro se escondeu para lá das águas do Mediterrâneo.
Haverá melhor forma de terminar o dia?




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**** Os preços e horários apresentados são referentes ao período da nossa viagem (Setembro de 2014) e obviamente estão sujeitos a alterações.

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