Iria este tempo fazer-nos falta noutro destino mais interessante?
Na minha cabeça pairava um emaranhado de dúvidas que acabaram por me atormentar até ao último minuto!
É verdade que é uma cidade com um trânsito caótico, muita poluição sonora e algum lixo por recolher, mas agradou-me a energia que ali se sente. Gostei sobretudo da simpatia e do respeito que as pessoas mostraram para connosco, gostei do cheiro a especiarias que pairava no ar enquanto percorríamos a zona baixa e gostei das sete colinas que rodeiam aquela metrópole e que me relembram a "minha" Lisboa.
No final ganharam os pontos positivos e agora que a viagem terminou posso afirmar que Amã foi para mim a introdução perfeita à cultura e ás gentes deste país que tanto me fascinou.
A viagem que nos trouxe até Amã foi dura e com um horário fora do normal, que acabou por deixar marcas no nosso corpo.
De forma quase ridícula a nossa chegada ao Aeroporto Internacional Queen Alia, aconteceu por volta das quatro da madrugada, o que implicou que gastássemos parte da manhã do primeiro dia na Jordânia para descansar.
Como tal, foi já perto das onze horas que saímos à rua e caminhámos até à baixa da cidade, onde aproveitando as taxas vantajosas, decidimos trocar mais algum dinheiro numa das casas de câmbio ali existentes.
Bebemos um chá numa pequena loja e sem demoras embrenhamo-nos pelas ruas estreitas e cheias de gente que acolhem os tradicionais bazares onde tudo se vende. Estes mercados de rua são uma espécie de centros comerciais dos tempos antigos trazidos para o presente, nos quais ainda se negoceiam os preços dos produtos, onde ainda se ouvem os pregões dos vendedores e onde apesar da estranha divisão de géneros existente me agradou ver homens e mulheres a fazerem compras em conjunto.
À nossa passagem as pessoas vão sorrindo, cumprimentam-nos, querem saber de onde somos e metem conversa ora em árabe ora num inglês difícil de compreender.
São estes sítios que me fascinam e que faço questão de conhecer quando visito certos países.
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Os momentos passados nos bazares da capital serviram sobretudo para quebrar o gelo, foram uma espécie de apresentação à realidade Jordana que apesar de distinta, nos cativou e à qual rapidamente nos adaptámos.
De novo sob o sol, vimos os pregões serem substituídos por um concerto desconcertado de mil e uma buzinas que por estas bandas parecem fazer parte integrante do código da estrada.
Passamos quase sem parar pelo espaço que acolhe as ruínas do antigo Nymphaeum que ali jazem encravadas por entre uma teia de betão.
Cruza-se mais uma esquina e o Anfiteatro Romano surge para lá de um cacho de prédios de habitação pintados de cores ocre e com os telhados carregados de antenas parabólicas.
O acesso é feito pelo antigo Fórum que embora tenha sido transformado numa praça, continua a desempenhar o seu papel de ponto de encontro. É uma área relativamente grande onde de forma equilibrada se misturam várias gerações.
Aproveitamos uma das sombras e sentamo-nos por ali a observar toda aquela atividade. Vêem-se grupos de adolescentes ocupados com banalidades modernas, raparigas de véu na cabeça que discretamente miram os rapazes que passam e velhos que por entre cigarros e copos de chá vão metendo a conversa em dia.
Bebemos as derradeiras gotas de água de uma garrafa comprada à menos de uma hora e encaminhado-nos para o portão que dá acesso ao anfiteatro. Á entrada usamos pela primeira vez o Jordan Pass e antes de escalarmos a enorme bancada que cobre grande parte da encosta, dedicamos algum tempo à visita dos dois bem organizados museus situados de ambos os lados. Os espaços não são muito grandes e em menos de nada estamos de volta ao exterior.
Degrau após degrau galgamos aquela estrutura histórica que nos dias que correm e com toda a justiça passou a fazer parte dos principais roteiros turísticos de Amã.
A subida quase vertical faz-nos transpirar, mas lá no alto, já no derradeiro degrau temos a devida compensação; uma vista fantástica de grande parte da baixa, limitada por mais uma colina, onde se erguem as muralhas da Cidadela que tencionamos visitar... mas não agora.
Os momentos passados nos bazares da capital serviram sobretudo para quebrar o gelo, foram uma espécie de apresentação à realidade Jordana que apesar de distinta, nos cativou e à qual rapidamente nos adaptámos.
De novo sob o sol, vimos os pregões serem substituídos por um concerto desconcertado de mil e uma buzinas que por estas bandas parecem fazer parte integrante do código da estrada.
Passamos quase sem parar pelo espaço que acolhe as ruínas do antigo Nymphaeum que ali jazem encravadas por entre uma teia de betão.
Cruza-se mais uma esquina e o Anfiteatro Romano surge para lá de um cacho de prédios de habitação pintados de cores ocre e com os telhados carregados de antenas parabólicas.
O acesso é feito pelo antigo Fórum que embora tenha sido transformado numa praça, continua a desempenhar o seu papel de ponto de encontro. É uma área relativamente grande onde de forma equilibrada se misturam várias gerações.
Aproveitamos uma das sombras e sentamo-nos por ali a observar toda aquela atividade. Vêem-se grupos de adolescentes ocupados com banalidades modernas, raparigas de véu na cabeça que discretamente miram os rapazes que passam e velhos que por entre cigarros e copos de chá vão metendo a conversa em dia.
Bebemos as derradeiras gotas de água de uma garrafa comprada à menos de uma hora e encaminhado-nos para o portão que dá acesso ao anfiteatro. Á entrada usamos pela primeira vez o Jordan Pass e antes de escalarmos a enorme bancada que cobre grande parte da encosta, dedicamos algum tempo à visita dos dois bem organizados museus situados de ambos os lados. Os espaços não são muito grandes e em menos de nada estamos de volta ao exterior.
Degrau após degrau galgamos aquela estrutura histórica que nos dias que correm e com toda a justiça passou a fazer parte dos principais roteiros turísticos de Amã.
A subida quase vertical faz-nos transpirar, mas lá no alto, já no derradeiro degrau temos a devida compensação; uma vista fantástica de grande parte da baixa, limitada por mais uma colina, onde se erguem as muralhas da Cidadela que tencionamos visitar... mas não agora.
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O caminho até à fortaleza é com certeza longo e o calor que se faz sentir leva-nos a adiar a visita para mais tarde... talvez lá para o final do dia quando as temperaturas estiveram mais amenas.
Por agora impõe-se que aconcheguemos o estômago e a solução encontra-se não muito longe do bazar, onde à nossa passagem tínhamos fisgado um restaurante com preços convidativos e generosas porções de kebab.
A escolha revela-se acertada pela qualidade da comida, pela simpatia e porque por menos de cinco euros tivemos direito a uma ótima refeição.
De súbito surge no ar o chamamento para o oração da tarde. Em sinal de respeito a música das lojas é temporariamente desligada e numa atitude quase automática homens e mulheres convergem para a Mesquita Grand Husseini situada ao fundo da rua.
O nosso guia Lonely Planet diz-nos que nas proximidades fica situada aquela que eventualmente será a casa mais antiga da cidade, que depois de alguma procura encontramos quase por acaso.
Duke's Diwan, é desta forma que é conhecido este edifício que visto assim do exterior pouco se destaca dos demais, mas que nos envia para tempos passados assim que transpomos aquelas portas de madeira pintadas de azul.
É um autêntico museu onde as estórias nos são contadas pelos bem conservados móveis antigos que se encontram dispostos nas diversas salas existentes, pelas fotografias de outros tempos que pendem das paredes pintadas com tons fora de moda e pelas palavras sábias do simpático anfitrião que depois de nos oferecer uma chávena de chá nos vai acompanhando naquela viagem ao passado.
Agora sim, já com o sol na sua curva descendente, iniciamos nós a caminhada ascendente até à cidadela. Contra todas as expectativas e apesar dos caminhos que percorremos terem uma inclinação aceitável, a verdade é que o trajecto é realizado sem grandes dificuldades e em não mais de quinze minutos.
Já no interior do recinto cruzamo-nos pela primeira vez com turistas estrangeiros. Um pequeno mas ruidoso grupo de alemães vai povoando a área onde se encontram as ruínas do Templo de Hércules, impedindo-me de fazer as fotos que desejo.
Damos uma volta e optamos por regressar mais tarde. A área é relativamente grande e resolvemos ocupar o tempo, primeiro com uma visita ao pequeno Museu ali existente e mais tarde com a exploração dos demais edifícios onde a presença de visitantes é praticamente nula.
Os visitantes que vemos são afinal famílias locais que se juntam para "curtir" em conjunto aquele agradável final de tarde e também uma catrefada de miúdos que aproveitam a agradável brisa para fazer voar os seus papagaios de papel coloridos.
O caminho até à fortaleza é com certeza longo e o calor que se faz sentir leva-nos a adiar a visita para mais tarde... talvez lá para o final do dia quando as temperaturas estiveram mais amenas.
Por agora impõe-se que aconcheguemos o estômago e a solução encontra-se não muito longe do bazar, onde à nossa passagem tínhamos fisgado um restaurante com preços convidativos e generosas porções de kebab.
A escolha revela-se acertada pela qualidade da comida, pela simpatia e porque por menos de cinco euros tivemos direito a uma ótima refeição.
De súbito surge no ar o chamamento para o oração da tarde. Em sinal de respeito a música das lojas é temporariamente desligada e numa atitude quase automática homens e mulheres convergem para a Mesquita Grand Husseini situada ao fundo da rua.
O nosso guia Lonely Planet diz-nos que nas proximidades fica situada aquela que eventualmente será a casa mais antiga da cidade, que depois de alguma procura encontramos quase por acaso.
Duke's Diwan, é desta forma que é conhecido este edifício que visto assim do exterior pouco se destaca dos demais, mas que nos envia para tempos passados assim que transpomos aquelas portas de madeira pintadas de azul.
É um autêntico museu onde as estórias nos são contadas pelos bem conservados móveis antigos que se encontram dispostos nas diversas salas existentes, pelas fotografias de outros tempos que pendem das paredes pintadas com tons fora de moda e pelas palavras sábias do simpático anfitrião que depois de nos oferecer uma chávena de chá nos vai acompanhando naquela viagem ao passado.
Agora sim, já com o sol na sua curva descendente, iniciamos nós a caminhada ascendente até à cidadela. Contra todas as expectativas e apesar dos caminhos que percorremos terem uma inclinação aceitável, a verdade é que o trajecto é realizado sem grandes dificuldades e em não mais de quinze minutos.
Já no interior do recinto cruzamo-nos pela primeira vez com turistas estrangeiros. Um pequeno mas ruidoso grupo de alemães vai povoando a área onde se encontram as ruínas do Templo de Hércules, impedindo-me de fazer as fotos que desejo.
Damos uma volta e optamos por regressar mais tarde. A área é relativamente grande e resolvemos ocupar o tempo, primeiro com uma visita ao pequeno Museu ali existente e mais tarde com a exploração dos demais edifícios onde a presença de visitantes é praticamente nula.
Os visitantes que vemos são afinal famílias locais que se juntam para "curtir" em conjunto aquele agradável final de tarde e também uma catrefada de miúdos que aproveitam a agradável brisa para fazer voar os seus papagaios de papel coloridos.
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É desta forma que culminamos o nosso primeiro dia na Jordânia. Sentados num dos extremos da muralha vemos a cidade cobrir-se de sombras enquanto o sol se esconde para lá da grande bandeira que rasga o horizonte.
Mais do que visitar, gostámos de sentir a energia de Amã!
É desta forma que culminamos o nosso primeiro dia na Jordânia. Sentados num dos extremos da muralha vemos a cidade cobrir-se de sombras enquanto o sol se esconde para lá da grande bandeira que rasga o horizonte.
Mais do que visitar, gostámos de sentir a energia de Amã!
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