O Parque Nacional da Peneda-Gerês é uma das zonas mais bonitas do país e um dos mais importantes santuários de vida natural existentes em território nacional. Esta área protegida situada entre o Minho e Trás-os-Montes, foi criada no início da década de 70 de forma a salvaguardar a fauna e flora existentes na região, numa altura em que os valores naturais se sobrepunham aos interesses económicos e imobiliários.
Talvez hoje não fosse possível criar um património natural tão valioso como aquele que estamos prestes a visitar e que provavelmente só existe por culpa de quem no passado tinha plena consciência que no futuro o verde seria um bem precioso.
Uma placa metálica marca oficialmente a nossa entrada no único Parque Nacional existente em Portugal. O terreno montanhoso leva-nos a avançar devagar, e a estrada sinuosa que serpenteia por entre as encostas forradas de vegetação luxuriante transporta-nos para um mundo quase encantado, onde com um pouco de sorte nos cruzaremos com um lobo ou até com algum corço mais atrevido. Por agora são as paisagens que mantêm os nossos olhares ocupados. Escondidos por detrás da bruma matinal avistamos campos que mais parecem tapetes verdes, onde algumas manadas de gado de raça barrosã vão pastando calmamente. Pelo caminho atravessamos pequenos riachos que mais à frente se transformam em incríveis cascatas e cruzamos aldeias vestidas de granito, nas quais as tradições e os costumes das gentes locais se mantêm quase inalterados desde há mais de cem anos.
Um passeio em família pela região é sempre uma opção a ter em conta, quer seja num qualquer período de férias ou até mesmo numa escapadela mais curta a realizar, quem sabe num fim-de-semana prolongado.
Nesta crónica preparámos-lhe um roteiro de três dias que lhe permitirá explorar, sem pressas, alguns dos locais mais bonitos do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
.DIA 1
-PITÕES DAS JUNIAS
Pouco depois de passar oficialmente a linha imaginaria que delimita a área protegida, chegará a esta pequena aldeia de ruas estreitas e casas feitas de granito. O Mosteiro e a Cascata situados num dos extremos da povoação são os principais atrativos e a razão que nos trouxe até aqui.
Antes de regressar à estrada aconselhamos que passe na padaria da aldeia e compre o típico Pão de Centeio para comer mais tarde.
-PONTE DA MISARELA
Situada no fundo de um vale, esta ponte medieval atravessa o Rio Rabagão, ligando desta forma as regiões do Minho e Trás-os-Montes. A espessa vegetação e as escarpas rochosas que se erguem de ambos os lados conferem-lhe uma beleza um tanto ou quanto sinistra, que se acentua ainda mais com o som da cascata que tomba de um dos lados.
Há também quem lhe chame Ponte do Diabo....vá-se lá saber porquê!
-CASCATA DE PINCÃES
Deixámos a estrada principal e percorremos agora as ruas empedradas da aldeia de Pincães. Estacionamos o carro já para lá do casario e damos início ao curto trilho que nos levará até a uma Cascata perdida no meio da vegetação. A sinalização é escassa e optamos por seguir par a par com a levada que nesta época do ano leva muito menos água do que seria expectável. Os dois quilómetros realizam-se em pouco mais de vinte minutos e sem dificuldades de maior alcançamos a famosa queda de água que devido ao pouco caudal não se apresenta tão impressionante como em outras ocasiões.
-CASCATA FECHA DE BARJAS (CASCATA DO TAHITI)
A água é presença assídua nas paisagens da região. Por toda a parte avistamos rios, riachos e cascatas que acrescentam um toque de frescura a todo este cenário idílico. Já perto da nossa chegada à vila do Gerês fazemos uma curta pausa nesta que é uma das mais famosas quedas de água da região e onde mais uma vez nos deslumbramos com a beleza paisagística existente.
-VILA DO GERÊS
É nesta pequena vila situada em pleno coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês que escolhemos passar a primeira noite desta nossa viagem.
Se em tempos este local foi ponto de encontro daqueles que procuravam os benefícios e os efeitos curativos das águas que brotam do interior da terra, hoje é acima de tudo um local de passagem de turistas e caminhantes prontos a explorar os encantos naturais da região.
.DIA 2
Pouco depois de passar oficialmente a linha imaginaria que delimita a área protegida, chegará a esta pequena aldeia de ruas estreitas e casas feitas de granito. O Mosteiro e a Cascata situados num dos extremos da povoação são os principais atrativos e a razão que nos trouxe até aqui.
Antes de regressar à estrada aconselhamos que passe na padaria da aldeia e compre o típico Pão de Centeio para comer mais tarde.
-PONTE DA MISARELA
Situada no fundo de um vale, esta ponte medieval atravessa o Rio Rabagão, ligando desta forma as regiões do Minho e Trás-os-Montes. A espessa vegetação e as escarpas rochosas que se erguem de ambos os lados conferem-lhe uma beleza um tanto ou quanto sinistra, que se acentua ainda mais com o som da cascata que tomba de um dos lados.
Há também quem lhe chame Ponte do Diabo....vá-se lá saber porquê!
-CASCATA DE PINCÃES
Deixámos a estrada principal e percorremos agora as ruas empedradas da aldeia de Pincães. Estacionamos o carro já para lá do casario e damos início ao curto trilho que nos levará até a uma Cascata perdida no meio da vegetação. A sinalização é escassa e optamos por seguir par a par com a levada que nesta época do ano leva muito menos água do que seria expectável. Os dois quilómetros realizam-se em pouco mais de vinte minutos e sem dificuldades de maior alcançamos a famosa queda de água que devido ao pouco caudal não se apresenta tão impressionante como em outras ocasiões.
-CASCATA FECHA DE BARJAS (CASCATA DO TAHITI)
A água é presença assídua nas paisagens da região. Por toda a parte avistamos rios, riachos e cascatas que acrescentam um toque de frescura a todo este cenário idílico. Já perto da nossa chegada à vila do Gerês fazemos uma curta pausa nesta que é uma das mais famosas quedas de água da região e onde mais uma vez nos deslumbramos com a beleza paisagística existente.
-VILA DO GERÊS
É nesta pequena vila situada em pleno coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês que escolhemos passar a primeira noite desta nossa viagem.
Se em tempos este local foi ponto de encontro daqueles que procuravam os benefícios e os efeitos curativos das águas que brotam do interior da terra, hoje é acima de tudo um local de passagem de turistas e caminhantes prontos a explorar os encantos naturais da região.
.DIA 2
-MIRADOURO DA PEDRA BELA
O despertar acontece aos primeiros raios de sol, e ainda envoltos numa ligeira bruma, galgamos a estrada que não tarda nada nos levará a uma das paragens obrigatória de quem visita o Parque Nacional da Peneda-Gerês. O Miradouro da Pedra Bela é daqueles locais únicos, que nos fazem sentir pequenos perante a imensidão da paisagem. A vista é deslumbrante. Lá em baixo o Rio Cávado mais parece um enorme espelho de água e o aglomerado de casas da Vila do Gerês assemelham-se a um pequeno presépio perdido no meio da vasta cadeia montanhosa.
Madrugar tem as suas vantagens e fez com que por agora sejamos os primeiros e únicos personagens desta tela gigantesca de beleza rara. Mais um dia que tem início e o Gerês continua lindo!
-CASCATA DO ARADO
Segue-se mais uma cascata. São tantas as quedas de água existentes na região que se torna difícil selecionar aquelas que queremos visitar. A proximidade leva-nos desta feita até à Cascata do Arado, que devido à escassez de chuva não impressiona aqueles que nesta altura do ano aqui chegam cheios de expectativas. Do alto do rochedo não tomba mais que um inofensivo fio de água incapaz de alagar o leito do pequeno riacho que corre mais a baixo.
-VILARINHO DA FURNA
O Gerês vai muito para além da sua beleza natural. Esta região é também um importante pedaço da história do país, contada através das pedras, das estradas e das casas que embora desaparecidas nunca foram esquecidas. Sob o leito do Rio Homem jazem os restos mortais de uma das aldeias mais carismáticas do alto Minho.
Deixamos o carro nas imediações da barragem e por uma estrada de terra batida caminhamos os cerca de 2,5Km's que nos conduzem ao local onde em tempos existiu um povoado chamado Vilarinho da Furna.
Aqui são as águas da albufeira que ditam as regras e em certas ocasiões, quando o caudal se encontra mais baixo, é possível avistar as ruínas desta espécie de aldeia fantasma.
-MATA DA ALBERGARIA
O asfalto ficou para trás. O carro debate-se para avançar pelo caminho de terra batida, em más condições, que segue paralelo à margem esquerda do Rio Homem. Pouco a pouco penetramos num mundo de sombras, onde os sons da natureza quebram o silêncio e no qual os raios de sol sentem dificuldade em romper as volumosas copas dos carvalhos seculares que povoam este bosque.
Estamos na Mata da Albergaria, um ecossistema único na região e onde para além da beleza paisagística é também possível contemplar alguns troços da Geira Romana que em tempos ligou as cidades de Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga) já em território espanhol.
-PORTELA DO HOMEM
Pela primeira vez estamos a dois passos do país vizinho. Esta localidade foi em tempos um ponto fulcral daqueles que cruzavam a fronteira entre Portugal e Espanha. Contudo, a área deixou de ter a importância do passado e grande parte dos visitantes que aqui chegam, vêm principalmente atraídos pelas águas cristalinas da incrível cascata da Portela do Homem. O lago de tons azuis que hoje se encontra despido de pessoas será certamente um dos pontos de paragem obrigatória de quem nos meses de verão procura um local para refrescar o corpo.
-BANHOS TERMAIS DE LOBIOS (ESPANHA)
Acabamos por atravessar a fronteira e por momentos pisamos território espanhol.
Por aqui o Parque Nacional da Peneda-Gerês transforma-se no Parque Natural Baixa Limia-Serra do Xurés, um local com a mesma importância natural e onde só a designação se altera.
Pelo caminho e antes de regressar a Portugal, fazemos uma curta paragem na estância termal de Lobios, onde depois de almoçar num pequeno café, aproveitamos para passear ao longo do Rio Caldo e dos tanques de água quente aí existentes.
-PARADA DE LINDOSO
Depois de um dia repleto de momentos inesquecíveis e quando pensávamos que nada mais nos poderia surpreender, eis que chegamos á aldeia de Parada de Lindoso e nos deparamos com uma daquelas povoações que parecem ter ficado congeladas no tempo.
As ruas de pedra irregular, as casas de granito manchadas pelo tempo, as pessoas que nos cumprimentam sem nos conhecer, o sino da igreja que anuncia a hora e os típicos canastros ainda em uso, fazem-nos entrar numa realidade paralela de um tempo que pensávamos já não existir.
Nessa noite adormecemos no conforto de uma habitação tradicional, embalados pelo som dos grilos que cantam para lá da janela.
.DIA 3
O despertar acontece aos primeiros raios de sol, e ainda envoltos numa ligeira bruma, galgamos a estrada que não tarda nada nos levará a uma das paragens obrigatória de quem visita o Parque Nacional da Peneda-Gerês. O Miradouro da Pedra Bela é daqueles locais únicos, que nos fazem sentir pequenos perante a imensidão da paisagem. A vista é deslumbrante. Lá em baixo o Rio Cávado mais parece um enorme espelho de água e o aglomerado de casas da Vila do Gerês assemelham-se a um pequeno presépio perdido no meio da vasta cadeia montanhosa.
Madrugar tem as suas vantagens e fez com que por agora sejamos os primeiros e únicos personagens desta tela gigantesca de beleza rara. Mais um dia que tem início e o Gerês continua lindo!
-CASCATA DO ARADO
Segue-se mais uma cascata. São tantas as quedas de água existentes na região que se torna difícil selecionar aquelas que queremos visitar. A proximidade leva-nos desta feita até à Cascata do Arado, que devido à escassez de chuva não impressiona aqueles que nesta altura do ano aqui chegam cheios de expectativas. Do alto do rochedo não tomba mais que um inofensivo fio de água incapaz de alagar o leito do pequeno riacho que corre mais a baixo.
-VILARINHO DA FURNA
O Gerês vai muito para além da sua beleza natural. Esta região é também um importante pedaço da história do país, contada através das pedras, das estradas e das casas que embora desaparecidas nunca foram esquecidas. Sob o leito do Rio Homem jazem os restos mortais de uma das aldeias mais carismáticas do alto Minho.
Deixamos o carro nas imediações da barragem e por uma estrada de terra batida caminhamos os cerca de 2,5Km's que nos conduzem ao local onde em tempos existiu um povoado chamado Vilarinho da Furna.
Aqui são as águas da albufeira que ditam as regras e em certas ocasiões, quando o caudal se encontra mais baixo, é possível avistar as ruínas desta espécie de aldeia fantasma.
-MATA DA ALBERGARIA
O asfalto ficou para trás. O carro debate-se para avançar pelo caminho de terra batida, em más condições, que segue paralelo à margem esquerda do Rio Homem. Pouco a pouco penetramos num mundo de sombras, onde os sons da natureza quebram o silêncio e no qual os raios de sol sentem dificuldade em romper as volumosas copas dos carvalhos seculares que povoam este bosque.
Estamos na Mata da Albergaria, um ecossistema único na região e onde para além da beleza paisagística é também possível contemplar alguns troços da Geira Romana que em tempos ligou as cidades de Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga) já em território espanhol.
-PORTELA DO HOMEM
Pela primeira vez estamos a dois passos do país vizinho. Esta localidade foi em tempos um ponto fulcral daqueles que cruzavam a fronteira entre Portugal e Espanha. Contudo, a área deixou de ter a importância do passado e grande parte dos visitantes que aqui chegam, vêm principalmente atraídos pelas águas cristalinas da incrível cascata da Portela do Homem. O lago de tons azuis que hoje se encontra despido de pessoas será certamente um dos pontos de paragem obrigatória de quem nos meses de verão procura um local para refrescar o corpo.
-BANHOS TERMAIS DE LOBIOS (ESPANHA)
Acabamos por atravessar a fronteira e por momentos pisamos território espanhol.
Por aqui o Parque Nacional da Peneda-Gerês transforma-se no Parque Natural Baixa Limia-Serra do Xurés, um local com a mesma importância natural e onde só a designação se altera.
Pelo caminho e antes de regressar a Portugal, fazemos uma curta paragem na estância termal de Lobios, onde depois de almoçar num pequeno café, aproveitamos para passear ao longo do Rio Caldo e dos tanques de água quente aí existentes.
-PARADA DE LINDOSO
Depois de um dia repleto de momentos inesquecíveis e quando pensávamos que nada mais nos poderia surpreender, eis que chegamos á aldeia de Parada de Lindoso e nos deparamos com uma daquelas povoações que parecem ter ficado congeladas no tempo.
As ruas de pedra irregular, as casas de granito manchadas pelo tempo, as pessoas que nos cumprimentam sem nos conhecer, o sino da igreja que anuncia a hora e os típicos canastros ainda em uso, fazem-nos entrar numa realidade paralela de um tempo que pensávamos já não existir.
Nessa noite adormecemos no conforto de uma habitação tradicional, embalados pelo som dos grilos que cantam para lá da janela.
.DIA 3
-LINDOSO
Tal como tem acontecido, iniciamos o derradeiro dia desta escapadela pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês pouco depois do sol lançar os primeiros raios sobre a linha do horizonte.
Ao longe ouvem-se os galos que se esforçam para despertar os mais preguiçosos, e nós, em silêncio vamos caminhando por entre os mais de sessenta Canastros Comunitários da Aldeia de Lindoso. São estruturas incríveis, algumas erguidas há mais de 170 anos e que conseguiram resistir ás exigentes condições meteorológicas da região.
O Castelo Medieval situado logo ali ao lado e a Barragem do Alto Lindoso a alguns quilómetros mais a norte, são alguns dos atrativos que nos farão prolongar a nossa visita por mais um pouco.
-SOAJO
A estrada leva-nos agora até à aldeia vizinha do Soajo, onde fazemos uma pausa de forma a visitar o famoso aglomerado de Canastros ali existente. Apesar de não serem tantos como os que vimos em Lindoso, a visão destes testemunhos do passado é igualmente gratificante.
Durante o tempo que aqui permanecemos tivemos a oportunidade de deambular pelas bem arranjadas ruas da aldeia, e no final ainda nos deliciámos com uma fatia do delicioso Pão de Ló típico da região.
-SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA PENEDA
O caminho é sinuoso e faz-nos avançar sem pressas. Ao longe já se avista o Santuário de Nossa Senhora da Penada, que visto deste ponto parece estar encravado entre as escarpas montanhosas deste imenso mundo pintado de verde.
Chegamos, e a envolvência do local faz-nos perceber que este é realmente um sítio que transmite paz a quem aqui vem, e ainda por cima parece que somos o únicos a visitar o santuário neste dia. Estamos nos primeiro dias de Outubro e há cerca de um mês atrás todo este espaço estava certamente repleto de fieis que aqui se deslocam para prestar homenagem à santa, numa das mais importantes romarias do país.
-PORTA DE LAMAS DE MOURO
Depois de quase três dias a percorrer a área do Gerês, aproximamo-nos de novo, e por um par de horas, da linha fictícia que delimita o Parque Nacional.
Lamas de Mouro é um pequeno povoado igual a tantos outros da região e que acolhe no seu território um dos principais acessos ao interior desta área protegida.
Foi também aqui que optámos por realizar o Trilho Interpretativo de Lamas de Mouro (LG PR6), uma caminhada de cerca de 4,5Km's que nos leva a conhecer os principais valores naturais, culturais e paisagísticos desta zona situada em plena Serra da Peneda.
-CASTRO LABOREIRO
Com a chegada a Castro Laboreiro entramos na recta final deste passeio pelo Gerês, contudo ainda temos alguns locais para visitar e uma mão cheia de estórias para aprender. Por aqui há pontes, estradas e fortalezas de outros tempos que nos fazem viajar muito para além no nosso imaginário. Pedaços de um passado que os habitantes locais carregam com orgulho nas conversas que temos com eles.
Nessa tarde palmilhámos o centro histórico, cruzámos pontes de pedra que atravessam rios e cascatas e já perto do final do dia trepámos as encostas serranas até ao Castelo onde vimos o sol esconder-se no horizonte.
Tal como tem acontecido, iniciamos o derradeiro dia desta escapadela pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês pouco depois do sol lançar os primeiros raios sobre a linha do horizonte.
Ao longe ouvem-se os galos que se esforçam para despertar os mais preguiçosos, e nós, em silêncio vamos caminhando por entre os mais de sessenta Canastros Comunitários da Aldeia de Lindoso. São estruturas incríveis, algumas erguidas há mais de 170 anos e que conseguiram resistir ás exigentes condições meteorológicas da região.
O Castelo Medieval situado logo ali ao lado e a Barragem do Alto Lindoso a alguns quilómetros mais a norte, são alguns dos atrativos que nos farão prolongar a nossa visita por mais um pouco.
-SOAJO
A estrada leva-nos agora até à aldeia vizinha do Soajo, onde fazemos uma pausa de forma a visitar o famoso aglomerado de Canastros ali existente. Apesar de não serem tantos como os que vimos em Lindoso, a visão destes testemunhos do passado é igualmente gratificante.
Durante o tempo que aqui permanecemos tivemos a oportunidade de deambular pelas bem arranjadas ruas da aldeia, e no final ainda nos deliciámos com uma fatia do delicioso Pão de Ló típico da região.
-SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA PENEDA
O caminho é sinuoso e faz-nos avançar sem pressas. Ao longe já se avista o Santuário de Nossa Senhora da Penada, que visto deste ponto parece estar encravado entre as escarpas montanhosas deste imenso mundo pintado de verde.
Chegamos, e a envolvência do local faz-nos perceber que este é realmente um sítio que transmite paz a quem aqui vem, e ainda por cima parece que somos o únicos a visitar o santuário neste dia. Estamos nos primeiro dias de Outubro e há cerca de um mês atrás todo este espaço estava certamente repleto de fieis que aqui se deslocam para prestar homenagem à santa, numa das mais importantes romarias do país.
-PORTA DE LAMAS DE MOURO
Depois de quase três dias a percorrer a área do Gerês, aproximamo-nos de novo, e por um par de horas, da linha fictícia que delimita o Parque Nacional.
Lamas de Mouro é um pequeno povoado igual a tantos outros da região e que acolhe no seu território um dos principais acessos ao interior desta área protegida.
Foi também aqui que optámos por realizar o Trilho Interpretativo de Lamas de Mouro (LG PR6), uma caminhada de cerca de 4,5Km's que nos leva a conhecer os principais valores naturais, culturais e paisagísticos desta zona situada em plena Serra da Peneda.
-CASTRO LABOREIRO
Com a chegada a Castro Laboreiro entramos na recta final deste passeio pelo Gerês, contudo ainda temos alguns locais para visitar e uma mão cheia de estórias para aprender. Por aqui há pontes, estradas e fortalezas de outros tempos que nos fazem viajar muito para além no nosso imaginário. Pedaços de um passado que os habitantes locais carregam com orgulho nas conversas que temos com eles.
Nessa tarde palmilhámos o centro histórico, cruzámos pontes de pedra que atravessam rios e cascatas e já perto do final do dia trepámos as encostas serranas até ao Castelo onde vimos o sol esconder-se no horizonte.
.LEIA TAMBÉM: VISITE E APAIXONE-SE POR PONTE DE LIMA
INFORMAÇÕES ÚTEIS:
.ONDE DORMIR
Não é segredo para ninguém que a questão do alojamento desempenha um papel importante na planificação de uma viagem, ainda mais quando fazemos questão de tirar o máximo partido do tempo que temos reservado para cada um dos locais que queremos visitar.
Além disso, e depois de algumas horas na estrada, o ideal é poder descansar num sítio que nos proporcione as condições necessárias para que no dia seguinte possamos estar frescos e prontos para enfrentar mais uma jornada.
Foi depois de alguma pesquisa e tendo em conta esses factores que escolhemos os seguintes alojamentos, cada um deles situados em pontos estratégicos de forma a facilitar as deslocações.
-HOTEL CARVALHO ARAÚJO (VILA DO GERÊS)
Soube-nos bem chegar à Vila do Gerês e especialmente ao Hotel Carvalho Araújo onde fomos recebidos de uma forma tão espontânea que instantaneamente nos fez sentir parte da família. Neste que é um dos mais antigos e carismáticos hotéis da vila, sentimo-nos muito mais que uns meros hóspedes que estão de passagem. O Sr. Armando cativou-nos desde logo pela proximidade e pela preocupação em saber se tudo estava do nosso agrado. Gostámos sobretudo da partilha do seu vasto conhecimento da região, indicando-nos uma mão cheia de locais especiais, ainda pouco divulgados a nível turístico e que enriqueceram ainda mais a nossa passagem pelo Gerês.
O quarto que nos estava reservado foi o tónico perfeito para relaxar um pouco depois de um dia repleto de atividade. O espaço é simples mas extremamente confortável e do qual destacamos a fantástica vista sobre a serra que naquele final de tarde se pintou de tons dourados.
Um delicioso pequeno almoço e o estacionamento privativo/gratuito para todos os clientes, são só duas das razões que nos fizeram ter a certeza de que o Hotel Carvalho Araújo foi uma aposta ganha.
.A crónica completa da nossa estadia no Hotel Carvalho Araújo pode ser lida AQUI.
-CASA DO SERTÃO (PARADA DE LINDOSO)
O charme desta bonita casa de alojamento rural enquadra-se perfeitamente no ambiente tradicional da aldeia de Parada de Lindoso. O espaço foi totalmente renovado, respeitando os detalhes da sua traça original, ao qual foram acrescentadas todas as condições necessárias para que o visitante desfrute de uma estadia confortável, tanto no verão como no inverno. Por aqui o conforto é palavra de ordem, muito por culpa da decoração rústica, das paredes de pedra e dos detalhes em madeira que nos transportam para o antigamente.
A Casa do Sertão é composta por dois quartos, uma casa de banho e uma enorme cozinha que partilha de um bem organizado espaço de refeições. Nos dias de maior frio é possível acender o aquecimento central, e enquanto bebe um café bem quentinho sugerimos que se delicie com as vistas que as janelas do piso superior proporcionam.
.A crónica completa da nossa estadia na Casa do Sertão pode ser lida AQUI.
-MIRADOURO DO CASTELO (CASTRO LABOREIRO)
O Miradouro do Castelo é um daqueles alojamentos tipicamente rurais, ótimos para quem procura uns dias de descanso. Apesar de se encontrar em pleno centro histórico, está num local calmo e completamente inserido na paisagem envolvente e onde é possível acordar com os sons da natureza que se agitam para lá da janela.
Os quartos são simples mas confortáveis e todos eles estão equipados com televisão, aquecimento e w.c. privativo.
Para além de ser uma ótima opção para descansar, o Miradouro do Castelo alberga também um restaurante de comida típica, no qual podem ser degustadas algumas das especialidades da região.
Não podemos deixar de dar uma menção especial à dona Maria dos Prazeres que desde o primeiro momento tudo fez para que esta estadia fosse relembrada pelos melhores motivos e também pelo incrível jantar que nos preparou aquando da nossa passagem pelo restaurante.
.ONDE COMER
-RESTAURANTE LURDES CAPELA (VILA DO GERÊS)
O restaurante não é muito grande, característica que lhe confere um ambiente de certa forma rústico e familiar. Estamos na Vila do Gerês e o grande objectivo será certamente experimentar a típica carne da região. Assim sendo, sugerimos que prove a deliciosa Posta Barrosã que na lista está designada como Posta à Lurdes Capela.
De referir que devido à enorme popularidade do local, é possível que tenha de aguardar um pouco para conseguir uma mesa.
-CAFÉ/RESTAURANTE A MÓ (PARADA DE LINDOSO)
Preços acessíveis, ambiente informal e doses generosas de comida caseira. Estas serão com certeza razões mais que suficientes para fazer uma visita a este restaurante de beira de estrada, situado a dois passos da aldeia de Parada de Lindoso.
A carne é presença assídua na ementa típica do Gerês e este pequeno estabelecimento não é exceção. De entre as várias opções disponíveis aconselhamos as costeletas de porco panadas com arroz de feijão ou o bitoque de vaca à moda da casa.
-RESTAURANTE MIRADOURO DO CASTELO (CASTRO LABOREIRO)
Confesso que já muito tempo não saía de um restaurante com o sentimento de ter comido para lá da conta. Como já referimos, a carne é a base principal da culinária desta região, mas aqui e por sugestão de pessoas que conhecemos durante a viagem, decidimos que nessa noite íamos comer o famoso bacalhau com broa.
Quando pedimos a dose XL que ao que parece é aconselhada para duas pessoas estávamos longe de imaginar que acabaríamos surpreendidos com uma deliciosa posta de bacalhau de dimensões fora do comum.
Para aqueles que se querem manter dentro do registo dos dias anteriores e continuar a provar as carnes da região, outra das especialidades da casa é o cabrito no forno.
.O PARQUE NACIONAL DA PENEDA-GERÊS NO TELEMÓVEL
Ao longo esta viagem tivemos a preciosa ajuda da Aplicação Móvel Montes de Laboreiro que nos permitiu organizar de forma prática o nosso roteiro, tendo em conta os locais que desejávamos visitar.
A aplicação fornece descrições detalhadas dos principais pontos de interesse da região, assim como, indicações necessárias sobre hotéis, restaurantes e percursos pedestres a realizar na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês e zonas envolventes.
Não é segredo para ninguém que a questão do alojamento desempenha um papel importante na planificação de uma viagem, ainda mais quando fazemos questão de tirar o máximo partido do tempo que temos reservado para cada um dos locais que queremos visitar.
Além disso, e depois de algumas horas na estrada, o ideal é poder descansar num sítio que nos proporcione as condições necessárias para que no dia seguinte possamos estar frescos e prontos para enfrentar mais uma jornada.
Foi depois de alguma pesquisa e tendo em conta esses factores que escolhemos os seguintes alojamentos, cada um deles situados em pontos estratégicos de forma a facilitar as deslocações.
-HOTEL CARVALHO ARAÚJO (VILA DO GERÊS)
Soube-nos bem chegar à Vila do Gerês e especialmente ao Hotel Carvalho Araújo onde fomos recebidos de uma forma tão espontânea que instantaneamente nos fez sentir parte da família. Neste que é um dos mais antigos e carismáticos hotéis da vila, sentimo-nos muito mais que uns meros hóspedes que estão de passagem. O Sr. Armando cativou-nos desde logo pela proximidade e pela preocupação em saber se tudo estava do nosso agrado. Gostámos sobretudo da partilha do seu vasto conhecimento da região, indicando-nos uma mão cheia de locais especiais, ainda pouco divulgados a nível turístico e que enriqueceram ainda mais a nossa passagem pelo Gerês.
O quarto que nos estava reservado foi o tónico perfeito para relaxar um pouco depois de um dia repleto de atividade. O espaço é simples mas extremamente confortável e do qual destacamos a fantástica vista sobre a serra que naquele final de tarde se pintou de tons dourados.
Um delicioso pequeno almoço e o estacionamento privativo/gratuito para todos os clientes, são só duas das razões que nos fizeram ter a certeza de que o Hotel Carvalho Araújo foi uma aposta ganha.
.A crónica completa da nossa estadia no Hotel Carvalho Araújo pode ser lida AQUI.
-CASA DO SERTÃO (PARADA DE LINDOSO)
O charme desta bonita casa de alojamento rural enquadra-se perfeitamente no ambiente tradicional da aldeia de Parada de Lindoso. O espaço foi totalmente renovado, respeitando os detalhes da sua traça original, ao qual foram acrescentadas todas as condições necessárias para que o visitante desfrute de uma estadia confortável, tanto no verão como no inverno. Por aqui o conforto é palavra de ordem, muito por culpa da decoração rústica, das paredes de pedra e dos detalhes em madeira que nos transportam para o antigamente.
A Casa do Sertão é composta por dois quartos, uma casa de banho e uma enorme cozinha que partilha de um bem organizado espaço de refeições. Nos dias de maior frio é possível acender o aquecimento central, e enquanto bebe um café bem quentinho sugerimos que se delicie com as vistas que as janelas do piso superior proporcionam.
.A crónica completa da nossa estadia na Casa do Sertão pode ser lida AQUI.
-MIRADOURO DO CASTELO (CASTRO LABOREIRO)
O Miradouro do Castelo é um daqueles alojamentos tipicamente rurais, ótimos para quem procura uns dias de descanso. Apesar de se encontrar em pleno centro histórico, está num local calmo e completamente inserido na paisagem envolvente e onde é possível acordar com os sons da natureza que se agitam para lá da janela.
Os quartos são simples mas confortáveis e todos eles estão equipados com televisão, aquecimento e w.c. privativo.
Para além de ser uma ótima opção para descansar, o Miradouro do Castelo alberga também um restaurante de comida típica, no qual podem ser degustadas algumas das especialidades da região.
Não podemos deixar de dar uma menção especial à dona Maria dos Prazeres que desde o primeiro momento tudo fez para que esta estadia fosse relembrada pelos melhores motivos e também pelo incrível jantar que nos preparou aquando da nossa passagem pelo restaurante.
.ONDE COMER
-RESTAURANTE LURDES CAPELA (VILA DO GERÊS)
O restaurante não é muito grande, característica que lhe confere um ambiente de certa forma rústico e familiar. Estamos na Vila do Gerês e o grande objectivo será certamente experimentar a típica carne da região. Assim sendo, sugerimos que prove a deliciosa Posta Barrosã que na lista está designada como Posta à Lurdes Capela.
De referir que devido à enorme popularidade do local, é possível que tenha de aguardar um pouco para conseguir uma mesa.
-CAFÉ/RESTAURANTE A MÓ (PARADA DE LINDOSO)
Preços acessíveis, ambiente informal e doses generosas de comida caseira. Estas serão com certeza razões mais que suficientes para fazer uma visita a este restaurante de beira de estrada, situado a dois passos da aldeia de Parada de Lindoso.
A carne é presença assídua na ementa típica do Gerês e este pequeno estabelecimento não é exceção. De entre as várias opções disponíveis aconselhamos as costeletas de porco panadas com arroz de feijão ou o bitoque de vaca à moda da casa.
-RESTAURANTE MIRADOURO DO CASTELO (CASTRO LABOREIRO)
Confesso que já muito tempo não saía de um restaurante com o sentimento de ter comido para lá da conta. Como já referimos, a carne é a base principal da culinária desta região, mas aqui e por sugestão de pessoas que conhecemos durante a viagem, decidimos que nessa noite íamos comer o famoso bacalhau com broa.
Quando pedimos a dose XL que ao que parece é aconselhada para duas pessoas estávamos longe de imaginar que acabaríamos surpreendidos com uma deliciosa posta de bacalhau de dimensões fora do comum.
Para aqueles que se querem manter dentro do registo dos dias anteriores e continuar a provar as carnes da região, outra das especialidades da casa é o cabrito no forno.
.O PARQUE NACIONAL DA PENEDA-GERÊS NO TELEMÓVEL
Ao longo esta viagem tivemos a preciosa ajuda da Aplicação Móvel Montes de Laboreiro que nos permitiu organizar de forma prática o nosso roteiro, tendo em conta os locais que desejávamos visitar.
A aplicação fornece descrições detalhadas dos principais pontos de interesse da região, assim como, indicações necessárias sobre hotéis, restaurantes e percursos pedestres a realizar na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês e zonas envolventes.
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