Apesar do trajeto ter sido longo os nossos receios acabaram por ser injustificados uma vez que a viagem até Jinshanling se revelou relativamente fácil de realizar. O autocarro que nos trouxe desde os arredores da capital deixou-nos numa velha estação de serviço e os derradeiros quilómetros que nos separam do grande monumento são realizados num táxi arranjado ali mesmo. Supostamente deveria haver por ali uma van que transporta os turistas de forma gratuita até ao centro de visitantes mas após algumas perguntas ninguém foi capaz de nos informar sobre a existência desse serviço. Ainda que a complexidade na comunicação com o taxista dificulte o entendimento quanto ao preço a pagar pelo curto trajeto, conseguimos chegar a acordo através de um hilariante diálogo em linguagem gestual.
O céu resplandece num azul que poucas vezes vimos durante a nossa estadia em Pequim e que augura uma jornada tal como desejámos.
No interior daquele velho Toyota o nosso olhar vai vasculhando a paisagem em busca de um vislumbre da muralha que teima em não aparecer para lá do vidro empoeirado.
Sem grandes dificuldades chegamos e o bem amanhado centro de visitantes assinala o ponto de partida da tão aguardada incursão que nos levará a percorrer um pouco daquela que é considerada a maior estrutura do planeta construída pelo homem.
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Compramos o devido bilhete, recolhemos um mapa e por entre as árvores de uma pequena floresta galgamos encosta acima até aos pés da fortaleza impenetrável. Naquele momento tudo o que nos separa de um sonho é uma escadaria que subimos sem nos importar muito com uma família de chineses que numa tradicional algazarra por ali vai tomando o pequeno almoço.
Confesso que nunca esqueceremos o primeiro olhar sobre a longa passadeira de pedra que de forma quase infinita serpenteia, subindo e descendo montanhas. É puro entusiasmo, é uma imagem soberba que depois de contemplada fazemos questão de eternizar em fotografias.
Temos que avançar até porque os visitantes começam a chegar e não queremos repetir a experiência de 2011, quando nos deslocámos à secção de Badaling e por ali andámos aos empurrões com milhares de pessoas.
Sabemos que hoje será diferente mas ainda assim não queremos facilitar.
Seguimos para Oriente uma vez que a meta por nós traçada se encontra a cerca de sete quilómetros, na zona de Simatai.
Se ao início o caminho é feito em conjunto com outras pessoas, a verdade é que à medida que nos afastamos do ponto de partida a companhia vai sendo cada vez mais escassa até que a certa altura somos só nós e a Grande Muralha.
A bem arranjada estrutura que nos recebeu no primeiro par de quilómetros transformou-se de súbito num corredor de lajes soltas no qual muitas vezes nos deparamos com a inexistência de qualquer proteção lateral. Até algumas das antigas torres de vigia aparentam desafiar a gravidade.
Compramos o devido bilhete, recolhemos um mapa e por entre as árvores de uma pequena floresta galgamos encosta acima até aos pés da fortaleza impenetrável. Naquele momento tudo o que nos separa de um sonho é uma escadaria que subimos sem nos importar muito com uma família de chineses que numa tradicional algazarra por ali vai tomando o pequeno almoço.
Confesso que nunca esqueceremos o primeiro olhar sobre a longa passadeira de pedra que de forma quase infinita serpenteia, subindo e descendo montanhas. É puro entusiasmo, é uma imagem soberba que depois de contemplada fazemos questão de eternizar em fotografias.
Temos que avançar até porque os visitantes começam a chegar e não queremos repetir a experiência de 2011, quando nos deslocámos à secção de Badaling e por ali andámos aos empurrões com milhares de pessoas.
Sabemos que hoje será diferente mas ainda assim não queremos facilitar.
Seguimos para Oriente uma vez que a meta por nós traçada se encontra a cerca de sete quilómetros, na zona de Simatai.
Se ao início o caminho é feito em conjunto com outras pessoas, a verdade é que à medida que nos afastamos do ponto de partida a companhia vai sendo cada vez mais escassa até que a certa altura somos só nós e a Grande Muralha.
A bem arranjada estrutura que nos recebeu no primeiro par de quilómetros transformou-se de súbito num corredor de lajes soltas no qual muitas vezes nos deparamos com a inexistência de qualquer proteção lateral. Até algumas das antigas torres de vigia aparentam desafiar a gravidade.
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Trocamos meia dúzia de palavras que pelo conteúdo revelam que tudo isto tem para nós uma magnitude que nunca imaginámos ser possível. De uma forma quase poética vislumbramos beleza numa mera laje cinzenta que sem motivo aparente se destaca naquela passadeira de pedra que traça o caminho.
Trocamos meia dúzia de palavras que pelo conteúdo revelam que tudo isto tem para nós uma magnitude que nunca imaginámos ser possível. De uma forma quase poética vislumbramos beleza numa mera laje cinzenta que sem motivo aparente se destaca naquela passadeira de pedra que traça o caminho.
Uma derradeira subida e atingimos aquele que parece ser o ponto mais elevado deste trecho e a partir do qual já se avista um lago que aparentemente resultou da construção de uma barragem.
Antes de percorrermos o último par de quilómetros aproveitamos a escadaria de uma torre para fazer uma pausa para aconchegar o estômago com meia dúzia de bolachas ao mesmo tempo que se bebe a água que ainda resta na garrafa comprada no centro de visitantes.
Antes de percorrermos o último par de quilómetros aproveitamos a escadaria de uma torre para fazer uma pausa para aconchegar o estômago com meia dúzia de bolachas ao mesmo tempo que se bebe a água que ainda resta na garrafa comprada no centro de visitantes.
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Olhamos à volta, contemplamos mais uma vez a imensidão da paisagem e sentimo-
nos gratos por poder viver momentos assim.
A China não pára de nos surpreender!
INFORMAÇÕES ÚTEIS:
.COMO CHEGÁMOS A JINSHANLING DESDE PEQUIM:
Apesar de Jinshanling se encontrar a cerca de 150 Km's da capital é bastante fácil visitar a secção da Grande Muralha da China situada nesta zona.
O primeiro passo foi apanhar o metro na linha 13 ou 15 até à estação Wangjing West. No exterior da estação de Wangjing West (exit D) procurámos a gare rodoviária de onde sabíamos que partia de forma regular (entre as 07:00 e 16:30) um autocarro verde que nos levaria até à Estação de Serviço de Jinshanling.
Na estação de serviço de Jinshanling contávamos apanhar de forma gratuita uma van que nos levaria até ao centro de visitantes (apesar de termos confirmado esta informação este transporte nunca apareceu). Como não nos foi possível seguir viagem na dita van acabámos por realizar o trajeto de táxi. O preço pago pelo serviço foi 20CNY.
O acesso à secção da Grande Muralha da China em Jinshanling tem um custo de 55CNY entre Novembro e Março e de 65CNY no período que vai de Abril a Outubro.
Para quem pretende deslocar-se de teleférico desde o centro de visitantes até ao topo da muralha será necessário acrescentar 40CNY (ida) ou 60CNY (ida e volta).
Os melhores períodos para visitar Pequim e a Grande Muralha da China são entre os meses de Abril e Maio ou entre Setembro e Outubro, uma vez que nestas alturas as temperaturas são mais amenas. Desta forma evita-se o frio dos meses de inverno assim como o calor abrasador e as enchentes de turistas dos meses de verão.
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