Nesta crónica vamos falar-lhe da nossa curta mas produtiva passagem pela cidade de Sevilha que segundo percebemos é uma excelente opção para realizar uma "escapadinha" de fim de semana ou, caso pretenda, servir como ponto de partida para uma viagem de carro pela Andaluzia.
Estamos em Setembro e os dias cheios de sol, com temperaturas a rondar os 25°C contribuíram em muito para que rapidamente nos rendêssemos à beleza daquela que é considerada a capital da Andaluzia. Depois do que vimos e vivemos acreditamos que este é provavelmente o melhor período do ano para vir até cá, pois evitamos o calor abrasador assim com as torrentes de turistas que invadem esta cidade espanhola nos principais meses de verão.
DOIS DIAS EM SEVILHA - A NOSSA SUGESTÃO DE ROTEIRO:
.VISITAR SEVILHA - DIA 1
Não existem grandes dúvidas, a impressionante Plaza de España apresenta-se como o principal cartão postal da cidade e o local onde aconselhamos que inicie a visita. Esta grandiosa praça, embora pareça ser mais antiga, foi erguida propositadamente para a Exposição Ibero-Americana que aqui se realizou em 1929.
A uma curta distância encontra-se o Parque Maria Luísa que é um dos muitos espaços verdes espalhados pela cidade. Este local foi convertido em jardim, logo depois da exposição de 1929 e ainda hoje podemos ver e visitar alguns pavilhões que foram mantidos e nos quais estão instalados o Museu de Artes e Costumes Populares e o Museu Arqueológico.
Aos domingos este é um dos sítios escolhidos pelos habitantes locais para passear, correr, andar de bicicleta ou simplesmente apanhar sol enquanto se refrescam com uma qualquer bebida numa das várias esplanadas existentes.
.LEIA TAMBÉM: ROTEIRO COMPLETO PARA VIAJAR 12 DIAS NA ANDALUZIA
Abandonamos esta zona e damos os primeiros passos em direção ao chamado centro histórico. Depois de uma passagem rápida pelo pequeno edifício em forma de castelo apelidado de Costurero de la Reina (onde atualmente funciona o posto de informação turística) chegamos à Antiga Fábrica de Tabacos. Esta construção foi segundo dizem a primeira fábrica de tabaco da Europa e é hoje ocupada pela Universidade de Sevilha.
A meia dúzia de minutos deste local encontra-se o Palácio de San Telmo.
Abandonamos esta zona e damos os primeiros passos em direção ao chamado centro histórico. Depois de uma passagem rápida pelo pequeno edifício em forma de castelo apelidado de Costurero de la Reina (onde atualmente funciona o posto de informação turística) chegamos à Antiga Fábrica de Tabacos. Esta construção foi segundo dizem a primeira fábrica de tabaco da Europa e é hoje ocupada pela Universidade de Sevilha.
A meia dúzia de minutos deste local encontra-se o Palácio de San Telmo.
.LEIA TAMBÉM: O QUE VISITAR EM CÓRDOBA - ROTEIRO COMPLETO
Durante o período dourado dos descobrimentos, o império espanhol estendeu-se por esse mundo fora e em 1785 o Rei Carlos III ordenou a criação do Arquivo das Índias que tinha como objetivo armazenar num só local todos os documentos referentes ás colónias Hispânicas.
No seu interior encontram-se cerca de 43000 arquivos e mapas, de onde se destacam alguns documentos pessoais de Cristóvão Colombo assim como o famoso Tratado de Tordesilhas.
Durante o período dourado dos descobrimentos, o império espanhol estendeu-se por esse mundo fora e em 1785 o Rei Carlos III ordenou a criação do Arquivo das Índias que tinha como objetivo armazenar num só local todos os documentos referentes ás colónias Hispânicas.
No seu interior encontram-se cerca de 43000 arquivos e mapas, de onde se destacam alguns documentos pessoais de Cristóvão Colombo assim como o famoso Tratado de Tordesilhas.
A Catedral de Sevilha é sem sombra de dúvidas o monumento mais emblemático da cidade, sendo atualmente a maior construção religiosa de origem católica de Espanha e a terceira maior do Mundo, só ultrapassada pela Basílica de S.Pedro (Roma-Vaticano) e da Catedral de S.Paulo (Londres).
Depois da conquista de Sevilha aos Árabes, a principal mesquita da cidade foi na altura convertida numa igreja, tendo sido durante dois séculos usada como centro de culto católico.
Em 1401 foi iniciada a construção de uma grandiosa catedral que haveria de levar cerca de 100 anos a estar concluída e que resultou na extraordinária obra que ainda hoje se ergue naquela que é a área mais movimentada de cidade.
Sem surpresas, o interior é extremamente rico e para além da Capilla Mayor, também ali se encontra o magnifico Túmulo de Cristóvão Colombo.
O único vestígio da antiga mesquita que foi mantido é a enorme torre (minarete) apelidada de La Giralda, que se eleva a mais de 90 metro de altura e de onde é possível ter uma incrível vista de 360° sobre a cidade.
Regressamos ao nível do solo e fazemos uma curta pausa no Pátio de los Naranjos que tal como o nome indica é uma área aberta totalmente preenchida por várias dezenas de laranjeiras.
Regressamos ao nível do solo e fazemos uma curta pausa no Pátio de los Naranjos que tal como o nome indica é uma área aberta totalmente preenchida por várias dezenas de laranjeiras.
.DICA:O bilhete que permite o acesso à catedral dá igualmente acesso à torre La Giralda, ao Pátio de lo Naranjos e à Igreja de San Salvador situada a alguns quarteirões.
Era para nós impensável visitar Sevilha e não comer as típicas Tapas. Estes petiscos servidos um pouco por toda a parte são uma ótima e económica opção para aconchegar o estômago a qualquer hora do dia ou da noite.
Durante a nossa passagem pela cidade optámos por ir por diversas vezes comer na Bodega Santa Cruz las Columnas, um espaço bastante concorrido e com um ambiente espetacular.
Este restaurante é acessível a partir da Calle Mateus Gago.
.LEIA TAMBÉM: O QUE VISITAR EM BARCELONA - ROTEIRO COMPLETO
Terminado este pequeno mas delicioso apontamento gastronómico, regressamos ás ruas labirínticas do centro histórico para desta feita centrarmos as nossas atenções na Casa de Pilatos. Este bonito palácio é por muitos considerado um exemplo quase perfeito da arquitetura Andaluza e segundo soubemos é atualmente a residência oficial dos duques de Medinaceli. Era para nós impensável visitar Sevilha e não comer as típicas Tapas. Estes petiscos servidos um pouco por toda a parte são uma ótima e económica opção para aconchegar o estômago a qualquer hora do dia ou da noite.
Durante a nossa passagem pela cidade optámos por ir por diversas vezes comer na Bodega Santa Cruz las Columnas, um espaço bastante concorrido e com um ambiente espetacular.
Este restaurante é acessível a partir da Calle Mateus Gago.
.LEIA TAMBÉM: O QUE VISITAR EM BARCELONA - ROTEIRO COMPLETO
O edifício é composto por dois andares que se erguem em torno de um pátio central. A visita ao piso térreo é feita de forma independente, permitindo que os visitantes percorram e apreciem as várias salas existentes e nas quais se encontram expostas diversas peças de arte pertencentes aos atuais e antigos proprietários.
Além da riqueza da arquitetura e decoração, o espaço possui também dois luxuriantes jardins que se revelam um ótimo refugio nos dias de maior calor.
O piso superior onde só é permitido aceder na companhia de um guia é preenchido por salas de estar, salões de refeições e quartos.
Aqui todas as assoalhadas se encontram mobiladas e o grande destaque vai para a vasta coleção de pinturas, algumas delas datadas do período da construção do palácio.
Numa altura em que o final do dia se aproxima rapidamente, sugerimos que aproveite os últimos raios de sol para passear calmamente pelos bonitos Jardins de Murillo, situados no extremo sul da Calle Menendez Pelayo.
O mesmo local onde horas antes iniciámos a nossa visita é também o local onde fizemos questão de dar por terminado o dia.
Se com luz natural a Plaza de España tem o poder arrebatador de deixar qualquer um sem palavras, a verdade é que à noite o espaço se transforma num local verdadeiramente mágico.
A noite prolongou-se para lá do expectável no bar La Carbonería, situado em pleno coração do Bairro de Santa Cruz (calle Levies 18) onde nos deparámos com um ambiente super animado e descontraído.
Neste local, todos os dias a partir das 23:00 é possível assistir de forma gratuita a um típico espetáculo de Flamenco.
.VISITAR SEVILHA - DIA 2
Ainda que a noite anterior se tenha alongado madrugada adentro, não alterámos os planos para o nosso segundo dia e acordamos cedo de forma a que consigamos fazer parte do primeiro grupo de visitantes a aceder ao interior do Real Alcazar de Sevilha.
Este é um dos locais mais famosos e por consequência também um dos mais visitados da cidade. Para conseguir percorrer o espaço com relativa calma, sem as enchentes de turistas que começam a aparecer por volta das dez da manhã, é aconselhável madrugar e tentar chegar antes das 9:30, altura em que abrem as portas.
O Real Alcazar de Sevilha é composto por diversos edifícios/palácios, alguns deles de origem árabe, que remontam ao período em que Sevilha era ocupada por povos oriundos do Norte de África.
No interior do complexo é ainda possível visitar bonitos pátios interiores assim como bem tratados jardins.
Se achávamos que com a visita à Plaza de España e à Catedral já nada mais nos poderia surpreender em termos de beleza, a verdade é que estávamos redondamente enganados. O Real Alcazar de Sevilha acabou por ser o local que mais nos fascinou durante a nossa curta passagem pela capital da Andaluzia. A não perder!
A visita ao Alcazar termina e rumamos a sul, na direção do Rio Guadalquivir que divide a cidade a meio. Pelo caminho passamos pelo Hospital de la Caridad, pelo edifício do Teatro de la Maestranza e pela Torre del Oro que se ergue já bem perto das margens do rio.
Esta obra datada do século XIII foi inicialmente concebida para ter uma função de vigilância, visando impedir o acesso de navios inimigos à área central da cidade. Mais tarde o edifício foi convertido numa espécie de armazém no qual eram guardadas as riquezas e tesouros trazidos pelas frotas espanholas que chegavam vindas do "Novo Mundo". Segundo rezam as crónicas é daí que vem o seu nome.
Atualmente o espaço é ocupado pelo Museu Naval.
Atravessámos a Ponte San Telmo e percorremos uma boa parte da Calle Betis, que se estende por cerca de um quilómetro sempre paralela ao rio.
Almoçámos num dos restaurantes ali existentes e regressámos à margem oposta, desta vez pela Ponte de Triana.
O nossos passos levam-nos agora na direção da Plaza Nueva onde se ergue o imponente edifício do Ayuntamiento que acolhe aquilo que em Portugal conhecemos por câmara municipal.
Por esta altura, a nossa viagem a Sevilha aproximava-se do final e as inevitáveis despedidas foram feitas sob aquela que é muito provavelmente a construção mais extravagante da cidade.
O Metropol Parasol foi concluído em 2011 e é considerada a maior construção de madeira do planeta. Esta incrível obra é reconhecida como sendo o exemplo mais marcante da arquitetura moderna da cidade, fazendo parte de um projeto de reabilitação de uma das mais antigas zonas de Sevilha.
É possível subir ao topo desta estrutura em forma de cogumelo, e além de caminhar ao longo de um passadiço o visitante pode também desfrutar da incrível vista que o local oferece.
Por muitos locais que ainda quiséssemos visitar a verdade é que em dois dias não nos foi possível conhecer muito mais.
Sevilha conquistou-nos pelo seu ambiente descontraído, pelas pessoas, pelo clima e pela deliciosa comida.
Haveremos de regressar.
Hasta la vista!
- ARTIGOS SOBRE A REGIÃO DA ANDALUZIA:
- Visitar Sevilha - Roteiro para 2 dias
- Visitar o Caminito del Rey - Guia Prático
- O que visitar em Granada - Roteiro Completo
- Córdoba - O que vale a pena visitar
- Torcal de Antequera - Onde as pedras contam estórias
- Andaluzia - Roteiro para viajar 12 dias de carro
- Visitar Ronda - A mais valiosa pérola da Andaluzia
Sem comentários:
Enviar um comentário