Além do trânsito frenético que continua a pôr à prova a sanidade mental de quem está ao volante, também hoje tal como no passado, nos cruzamos com o mesmo tipo de vendedores insistentes, com os falsos amigos que afinal só nos querem impingir algo ou com os guias de sorriso fácil sempre dispostos a explicar isto ou aquilo em troca de uma qualquer recompensa.
Se inicialmente achámos uma certa graça ás artimanhas usadas para nos abordar, a verdade é que depois de meia dúzia de horas, todas estas investidas pertinentes acabam por nos desgastar a paciência, fazendo com que a certa altura passemos a reagir de uma forma um tanto ao quanto agressiva.
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Com a bagagem deixada no hotel dá-se início ás visitas que hoje e devido ao calor excessivo, serão realizadas em ritmo de passeio, de forma a poupar energias assim como a desfrutar de cada um dos poucos locais da margem oriental assinalados no nosso mapa.
OS TEMPLOS QUE VISITÁMOS NA MARGEM ORIENTAL DE LUXOR:
.TEMPLO DE KARNAK
A proximidade com o alojamento, leva-nos para já até ao Templo de Karnak que é provavelmente uma das mais bonitas e bem conservadas heranças deixadas pelos antigos Egípcios.
O complexo é enorme e em vez de nos ficarmos pela zona mais central ocupada neste momento por dezenas de grupos de turistas que pacientemente escutam as explicações dos guias, resolvemos afastarmo-nos um pouco e de uma forma quase aleatória acabámos por descobrir pequenos tesouros onde o silêncio é somente quebrado pelo som dos pombos que por estes dias são donos e senhores das ruínas.
À semelhança de outros locais que visitámos no país, também sentimos que Karnak é uma espécie de museu a céu aberto, onde cada uma daquelas estátuas colossais parecem vigiar aquelas obras de valor incalculável que o antigo povo do Egito fez questão de deixar gravadas diretamente nas paredes, nas colunas e até nos tetos.
.TEMPLO DE LUXOR
Regressamos à área mais movimentada da cidade, petiscamos qualquer coisa num pequeno restaurante e sem demoras alcançamos mais um dos objetivos traçados para o dia de hoje.
O relógio avançou mais rápido do que estávamos à espera, e agora, numa altura em que o sol se dirige lentamente para a linha do horizonte, nós, já com os ingressos na mão, percorremos o caminho de pedra que nos leva até ao grande portal que assinala a entrada no Templo de Luxor.
Quando visto do exterior ficamos com a ideia de que o espaço se encontra completamente asfixiado pelo ambiente caótico que se vive ao seu redor, mas a verdade é que depois de darmos os primeiros passos para lá dos enormes muros, tudo se altera e de forma surpreendente somos subitamente envolvidos por uma calma difícil de compreender.
A esta hora são poucos os visitantes presentes e desta forma a visita acaba por ser realizada com um a-vontade que não estávamos à espera. É como se em alguns segundos nos víssemos deslocados para um período longínquo no qual tudo foi construído para impressionar.
Caminhamos por entre centenas de colunas e murais esculpidos com pormenores que embora não entenda, não deixam de me fascinar. Entramos em pequenos edifícios sombrios onde além das paredes já nada existe e que facilmente nos transportam para um qualquer ritual onde participam personagens estranhas.
É esta magia que o Egito insiste em lançar sobre todos aqueles visitam o país. Gosto destas viagens ao passado que me levam para lá do tempo e me dão a liberdade de imaginar um mundo que já não existe.
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