Esta e as próximas crónicas sobre o Japão serão escritas na primeira pessoa.
Depois de doze anos a viajar em conjunto esta foi a primeira vez que parti sem a minha companheira habitual. Posso dizer que inicialmente foi estranho programar e organizar uma aventura no singular, mas vendo bem as coisas este impedimento acabou por se transformar numa oportunidade única. A verdade é que sempre tive vontade de me lançar sozinho numa aventura e o Japão afigurava-se como o país perfeito para o fazer.
Foi ao início da tarde que desembarquei em Tóquio, O Aeroporto internacional Narita foi a porta de entrada no país e o ponto de partida para esta incrível viagem. Como os cidadãos Portugueses não necessitam de visto para entrar no país, os processos burocráticos foram relativamente rápidos e em menos de meia hora já estava a bordo do Narita Express (N'EX) que me levaria deste o aeroporto até ao centro da cidade.
O Jardim Oriental cuja a entrada se situa do lado direito da muralha, merece ser visitado por se tratar da única hipótese que temos de conhecer e penetrar num mundo quase proibido. Este espaço que outrora foi chamado castelo Edo-jo pertenceu a uma das mais importantes famílias do país e foi depois da transferência da capital japonesa de Quioto para Tóquio convertido na residência oficial do imperador.
Apesar de muitos poucos vestígios dessa época resistirem, a importância histórica está lá.
Já estava a começar a escurecer quando regressei a gare de Tóquio para, desta vez, apanhar o comboio em direção ao Hotel que havia reservado antecipadamente. Depois de fazer o check-in, paguei os 8000 JPY correspondentes a quatro noites e pude finalmente ver com os meus próprios olhos os famosos quartos cápsula tão comuns nas grandes cidades do país.
Para minha surpresa, e ao contrário do que inicialmente imaginei, o "quarto" até é relativamente espaçoso e como haveria de comprovar mais tarde, bastante confortável.
A passagem pelo hotel foi rápida e depois de um merecido duche, deixei a mochila no cacifo que me estava destinado e saí à rua com o objetivo de começar a explorar aquela zona de Tóquio. Queria também experimentar pela primeira vez comida japonesa da qual tinha lido e ouvido dizer maravilhas e que como tantas vezes me disseram - "olha que é muito mais que sushi".
Depois de jantar regressei ao hotel e instalei-me confortavelmente na minha cápsula.
Amanhã há mais!
**** Os preços e horários apresentados são referentes ao período da nossa passagem (Março de 2015) e obviamente estão sujeitos a alterações.
Depois de doze anos a viajar em conjunto esta foi a primeira vez que parti sem a minha companheira habitual. Posso dizer que inicialmente foi estranho programar e organizar uma aventura no singular, mas vendo bem as coisas este impedimento acabou por se transformar numa oportunidade única. A verdade é que sempre tive vontade de me lançar sozinho numa aventura e o Japão afigurava-se como o país perfeito para o fazer.
Foi ao início da tarde que desembarquei em Tóquio, O Aeroporto internacional Narita foi a porta de entrada no país e o ponto de partida para esta incrível viagem. Como os cidadãos Portugueses não necessitam de visto para entrar no país, os processos burocráticos foram relativamente rápidos e em menos de meia hora já estava a bordo do Narita Express (N'EX) que me levaria deste o aeroporto até ao centro da cidade.
.Paguei 1500 JPY pelo bilhete só de ida.
.Para quem adquiriu o Japan Rail Pass e tenciona começar a utilizá-lo de imediato pode usufruir deste serviço gratuitamente.
Por esta altura o entusiasmo tinha-se de tal maneira apoderado de mim que acabei, logo no primeiro contacto com o país, por fugir aos planos que havia traçado. Resolvi então sair na Tóquio Station para, ainda de mochila ás costas, começar logo ali a minha aventura.
Não muito longe da estação fica situado o Palácio Imperial e era precisamente para esse local que tencionava dirigir-me.
Percorri as ruas da capital que nesta zona são modernas e com grandes edifícios (a maior parte deles ocupados por escritórios de empresas nacionais e internacionais). Durante o trajeto apercebi-me de imediato da organização e do civismo que reina por estas bandas. Pela primeira vez em toda a minha vida encontrava-me num sítio onde as pessoas fazem questão de respeitar as passadeiras, os semáforos e os sinais de trânsito.
E se lhe disser que é proibido fumar na rua? Pois é, existem sinais espalhados por toda a parte para relembrar os mais distraídos. Fumar só em casa ou nos locais autorizados.
Nunca tinha visto nada assim, sentia-me num mundo à parte!
.Para quem adquiriu o Japan Rail Pass e tenciona começar a utilizá-lo de imediato pode usufruir deste serviço gratuitamente.
Por esta altura o entusiasmo tinha-se de tal maneira apoderado de mim que acabei, logo no primeiro contacto com o país, por fugir aos planos que havia traçado. Resolvi então sair na Tóquio Station para, ainda de mochila ás costas, começar logo ali a minha aventura.
Tokyo Station |
Percorri as ruas da capital que nesta zona são modernas e com grandes edifícios (a maior parte deles ocupados por escritórios de empresas nacionais e internacionais). Durante o trajeto apercebi-me de imediato da organização e do civismo que reina por estas bandas. Pela primeira vez em toda a minha vida encontrava-me num sítio onde as pessoas fazem questão de respeitar as passadeiras, os semáforos e os sinais de trânsito.
E se lhe disser que é proibido fumar na rua? Pois é, existem sinais espalhados por toda a parte para relembrar os mais distraídos. Fumar só em casa ou nos locais autorizados.
Nunca tinha visto nada assim, sentia-me num mundo à parte!
.LEIA TAMBÉM: VIAJAR PELO JAPÃO - ROTEIRO COMPLETO PARA 10 DIAS
Após este choque inicial, e dez minutos depois de ter deixado a estação, tinha à minha frente o enorme descampado onde se encontra o Palácio Imperial. Um autêntico oásis no meio desta selva de betão.
O acesso ao palácio propriamente dito encontra-se vedado ao público (as visitas são unicamente possíveis mediante uma reserva/marcação antecipada).
Como tal limitei-me a percorrer a área circundante assim como o jardim do lado oriental que segundo soube está aberto todos os dias excepto ás segundas e sextas-feiras. O acesso é gratuito.
Após este choque inicial, e dez minutos depois de ter deixado a estação, tinha à minha frente o enorme descampado onde se encontra o Palácio Imperial. Um autêntico oásis no meio desta selva de betão.
O acesso ao palácio propriamente dito encontra-se vedado ao público (as visitas são unicamente possíveis mediante uma reserva/marcação antecipada).
Como tal limitei-me a percorrer a área circundante assim como o jardim do lado oriental que segundo soube está aberto todos os dias excepto ás segundas e sextas-feiras. O acesso é gratuito.
A área exterior do palácio pouco tem para ver. Os únicos destaques são talvez as duas pontes que atravessam o fosso que circunda todo o complexo.
.LEIA TAMBÉM: TOQUIO - VISITAR OS BAIRROS DE UENO, ASAKUSA E SUMIDA
Palácio Imperial |
O Jardim Oriental cuja a entrada se situa do lado direito da muralha, merece ser visitado por se tratar da única hipótese que temos de conhecer e penetrar num mundo quase proibido. Este espaço que outrora foi chamado castelo Edo-jo pertenceu a uma das mais importantes famílias do país e foi depois da transferência da capital japonesa de Quioto para Tóquio convertido na residência oficial do imperador.
Apesar de muitos poucos vestígios dessa época resistirem, a importância histórica está lá.
Jardim Oriental |
Jardim Oriental |
Para minha surpresa, e ao contrário do que inicialmente imaginei, o "quarto" até é relativamente espaçoso e como haveria de comprovar mais tarde, bastante confortável.
A passagem pelo hotel foi rápida e depois de um merecido duche, deixei a mochila no cacifo que me estava destinado e saí à rua com o objetivo de começar a explorar aquela zona de Tóquio. Queria também experimentar pela primeira vez comida japonesa da qual tinha lido e ouvido dizer maravilhas e que como tantas vezes me disseram - "olha que é muito mais que sushi".
.LEIA TAMBÉM: VISITAR A CIDADE DE HIROSHIMA E A ILHA DE MIANJIMA
Não muito longe do hotel situa-se a área de Akihabara, famosa pelas muitas lojas de artigos tecnológicos (novos e usados) assim como pelas livrarias de banda desenhada.
Acho que foi só no instante que vi os néons de mil cores que cobriam grande parte das fachadas dos prédios, que finalmente cai em mim e interiorizei que estava realmente no Japão.
Este foi um dos momentos que marcou esta viagem.
Akihabara era exatamente como tinha imaginado. Era assim que na minha cabeça havia idealizado a capital do Japão. Muitas luzes e muita gente na rua. Tudo isto estava finalmente ali à minha frente!
Andei durante talvez uma hora sem saber muito bem para onde, percorri ao acaso as ruas desta área que muitos apelidam de cidade electrónica.
Já deviam ser umas nove da noite quando entrei num pequeno restaurante situado a dois passos da estação ferroviária. Como viria a constatar nos dias seguintes, é nestes estabelecimentos pouco sofisticados que se pode fazer as refeição mais em conta.
Não muito longe do hotel situa-se a área de Akihabara, famosa pelas muitas lojas de artigos tecnológicos (novos e usados) assim como pelas livrarias de banda desenhada.
Acho que foi só no instante que vi os néons de mil cores que cobriam grande parte das fachadas dos prédios, que finalmente cai em mim e interiorizei que estava realmente no Japão.
Este foi um dos momentos que marcou esta viagem.
Akihabara |
Akihabara |
Andei durante talvez uma hora sem saber muito bem para onde, percorri ao acaso as ruas desta área que muitos apelidam de cidade electrónica.
Akihabara |
Akihabara |
Entrei e antes de me sentar ao balcão o pedido foi feito e pago numa máquina que se encontra à entrada e da qual saiu um ticket que entreguei ao cozinheiro.
A eficácia é grande e em menos de cinco minutos tinha a refeição à minha frente.
A minha escolha nesta noite de estreia recaiu sobre uma das comidas que mais vontade e curiosidade tinha de experimentar. Soba é um dos pratos tradicionais do Japão e não é mais que uma porção de noodles cozidos, acompanhados por pequenas tiras de algas, wasabi e molho de soja. Podendo ser servido quente ou frio. Escolhi a segunda opção e não me arrependi. Estava delicioso!
A eficácia é grande e em menos de cinco minutos tinha a refeição à minha frente.
Restaurante Ramen |
Soba |
Amanhã há mais!
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**** Os preços e horários apresentados são referentes ao período da nossa passagem (Março de 2015) e obviamente estão sujeitos a alterações.
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