O dia tinha amanhecido cinzento. O sol aparecia de vez em quando para dizer um tímido olá, mas sem nunca conseguir fazer subir a temperatura. A verdade é que estava frio e acabei por ser obrigado e vestir um agasalho extra e a meter um gorro na cabeça.
Hoje seria o meu primeiro dia a sério em Tóquio e o objectivo que tinha lançado a mim mesmo seria o de percorrer a pé e conhecer tanto quanto possível a área situada a norte do local onde estava instalado.
Tinha reparado na noite anterior que poderia tomar o pequeno almoço a um preço acessível num Mc Donald's perto do hotel e que por acaso até ficava no meu caminho.
Dirigi-me então para lá, entrei, pedi um menu que incluía café e uma espécie de sandwish com ovo e foi-me sentar. Enquanto comia aproveitei para acertar os últimos detalhes do percurso e para carregar a bateria do telemóvel (o único inconveniente que encontrei nas cápsulas foi o facto de não possuírem tomadas elétricas).
De barriga cheia comecei então a primeira etapa que me levaria até ao Parque Ueno, um dos maiores espaços verdes da capital.
O trajecto era simples, bastava dirigir-me para Akihabara, seguindo depois para norte através da avenida principal. A dada altura resolvi fazer um pequeno desvio para visitar um santuário que vinha assinalado no guia lonely planet como sendo um ponto de interesse.
Antes de chegar ao Yoshima Tenman-gū Shrine passei por algumas ruelas bastante típicas, subi uma escadaria e cheguei sem dificuldade à primeira paragem do dia!
Como ainda era cedo o espaço estava praticamente deserto ainda que ocasionalmente aparecesse uma ou outra pessoa (talvez a caminho do trabalho) para fazer a sua oração diária.
Não sei se durante o dia o acesso ao interior dos vários pavilhões se encontra aberto ao público, mas agora, àquela hora, todos se encontravam encerrados.
Depois desta curta visita, retornei à avenida principal e pouco depois estava a chegar ao primeiro objectivo do dia.
Tinha reparado na noite anterior que poderia tomar o pequeno almoço a um preço acessível num Mc Donald's perto do hotel e que por acaso até ficava no meu caminho.
Dirigi-me então para lá, entrei, pedi um menu que incluía café e uma espécie de sandwish com ovo e foi-me sentar. Enquanto comia aproveitei para acertar os últimos detalhes do percurso e para carregar a bateria do telemóvel (o único inconveniente que encontrei nas cápsulas foi o facto de não possuírem tomadas elétricas).
De barriga cheia comecei então a primeira etapa que me levaria até ao Parque Ueno, um dos maiores espaços verdes da capital.
O trajecto era simples, bastava dirigir-me para Akihabara, seguindo depois para norte através da avenida principal. A dada altura resolvi fazer um pequeno desvio para visitar um santuário que vinha assinalado no guia lonely planet como sendo um ponto de interesse.
Antes de chegar ao Yoshima Tenman-gū Shrine passei por algumas ruelas bastante típicas, subi uma escadaria e cheguei sem dificuldade à primeira paragem do dia!
Como ainda era cedo o espaço estava praticamente deserto ainda que ocasionalmente aparecesse uma ou outra pessoa (talvez a caminho do trabalho) para fazer a sua oração diária.
Não sei se durante o dia o acesso ao interior dos vários pavilhões se encontra aberto ao público, mas agora, àquela hora, todos se encontravam encerrados.
Depois desta curta visita, retornei à avenida principal e pouco depois estava a chegar ao primeiro objectivo do dia.
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O Parque Ueno (Ueno Koen) foi o primeiro grande jardim público de Tóquio e ainda hoje continua a ser dos mais importantes. O espaço ocupa uma área considerável, composta por jardins, lagos e diversos templos e santuários. É também neste local que se encontra o Museu Nacional de Tóquio.
Entrei pelo lado sul e ocasionalmente fui visitando um ou noutro templo. Foi um passeio bastante agradável!
Uma hora mais tarde cheguei ao extremo norte e aí gastei 620 JPY no bilhete para visitar o Museu Nacional de Tóquio.
Este é o mais antigo museu do país e no seu interior estão expostas diversas coleções de arte, objetos arqueológicos e alguns tesouros nacionais, muitos deles de valor incalculável.
Inicialmente o preço pareceu-me um pouco exagerado mas no final dei o meu dinheiro por bem empregue.
A visita ao museu demorou mais do que seria expectável e acabei por ter de acelerar o passo, até porque o próximo local assinalado no meu mapa ainda ficava a uma distância considerável.
Foi já perto da hora de almoço que cheguei ao Templo Budista Sensō-ji, situado no distrito de Asakusa.
O Parque Ueno (Ueno Koen) foi o primeiro grande jardim público de Tóquio e ainda hoje continua a ser dos mais importantes. O espaço ocupa uma área considerável, composta por jardins, lagos e diversos templos e santuários. É também neste local que se encontra o Museu Nacional de Tóquio.
Entrei pelo lado sul e ocasionalmente fui visitando um ou noutro templo. Foi um passeio bastante agradável!
Uma hora mais tarde cheguei ao extremo norte e aí gastei 620 JPY no bilhete para visitar o Museu Nacional de Tóquio.
Este é o mais antigo museu do país e no seu interior estão expostas diversas coleções de arte, objetos arqueológicos e alguns tesouros nacionais, muitos deles de valor incalculável.
Inicialmente o preço pareceu-me um pouco exagerado mas no final dei o meu dinheiro por bem empregue.
A visita ao museu demorou mais do que seria expectável e acabei por ter de acelerar o passo, até porque o próximo local assinalado no meu mapa ainda ficava a uma distância considerável.
Foi já perto da hora de almoço que cheguei ao Templo Budista Sensō-ji, situado no distrito de Asakusa.
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Este templo é, ao que parece, o mais antigo da cidade e o mais visitado por turistas e peregrinos. O acesso é gratuito e assim que entrei pelo enorme portal não tive realmente dúvidas em relação à sua popularidade. Todos os edifícios do complexo são pintados com a tradicional cor vermelha de onde sobressaem ricos e elaborados detalhes dourados.
Após a longa caminhada que tinha feito para aqui chegar só me apetecia "passear" calmamente e desfrutar da beleza que tinha à minha volta.
Comecei a visita pelo pavilhão principal onde várias dezenas de pessoas se amontoavam em frente de um grandioso altar. Aí, alguns desses fiéis, realizavam um ritual que consistia em atirar uma moeda para uma enorme caixa de madeira, realizando de seguida uma curta oração.
De ambos os lados do altar haviam outras tantas pessoas que realizavam um outro ritual, na minha opinião menos sagrado e mais virado para os turistas. O procedimento pareceu-me simples e resolvi experimentar. Primeiro introduzi uma moeda de 100 JPY numa espécie de mealheiro e de seguida sacudi uma caixa de metal até que um pauzinho saísse por um pequeno buraco presente numa das extremidades. Como todos os pauzinhos são numerados bastou-me depois procurar a gaveta com o mesmo número e daí tirar um papel onde supostamente estaria escrita a minha sorte.
Depois de ler o que estava escrito o ritual manda que se prenda o papel num suporte criado para o efeito ou nos ramos das árvores circundantes.
Este foi o papel que me saiu.
Este templo é, ao que parece, o mais antigo da cidade e o mais visitado por turistas e peregrinos. O acesso é gratuito e assim que entrei pelo enorme portal não tive realmente dúvidas em relação à sua popularidade. Todos os edifícios do complexo são pintados com a tradicional cor vermelha de onde sobressaem ricos e elaborados detalhes dourados.
Após a longa caminhada que tinha feito para aqui chegar só me apetecia "passear" calmamente e desfrutar da beleza que tinha à minha volta.
Comecei a visita pelo pavilhão principal onde várias dezenas de pessoas se amontoavam em frente de um grandioso altar. Aí, alguns desses fiéis, realizavam um ritual que consistia em atirar uma moeda para uma enorme caixa de madeira, realizando de seguida uma curta oração.
De ambos os lados do altar haviam outras tantas pessoas que realizavam um outro ritual, na minha opinião menos sagrado e mais virado para os turistas. O procedimento pareceu-me simples e resolvi experimentar. Primeiro introduzi uma moeda de 100 JPY numa espécie de mealheiro e de seguida sacudi uma caixa de metal até que um pauzinho saísse por um pequeno buraco presente numa das extremidades. Como todos os pauzinhos são numerados bastou-me depois procurar a gaveta com o mesmo número e daí tirar um papel onde supostamente estaria escrita a minha sorte.
Depois de ler o que estava escrito o ritual manda que se prenda o papel num suporte criado para o efeito ou nos ramos das árvores circundantes.
Este foi o papel que me saiu.
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Após esta experiência deveras espiritual, continuei a minha visita ao templo até que a barriga começou a reclamar.
Quando tinha chegado apercebi-me de uma acumulação de pessoas à porta de uma pequena loja que vendia, segundo me pareceu, uma espécie de pão de aspecto delicioso.
Resolvi então voltar a passar por lá para experimentar. Paguei 220 JPY por um pão daqueles que afinal era doce. Sentei-me um banco e ali fiquei a "devorar" o meu almoço enquanto apreciava o vai e vem das centenas de pessoas que chegavam e partiam a toda a hora.
Atravessei uma das várias pontes ali existentes e continuei sempre fascinado com o que comigo se ia cruzando. Não que caminhasse por locais lindos de morrer, mas sim devido à organização e ao civismo existente e pouco comum no "mundo atual".
Devo realçar que nunca me cruzei com um automóvel mal estacionado e que as pessoas eram racionais a conduzir, respeitando os sinas de trânsito e as passadeiras. Também raramente vi um papel jogado para o chão (mesmo não existindo caixotes do lixo nas ruas).
Quase sem dar por isso já me encontrava praticamente aos pés do gigante de betão e ferro com 634 metros de altura.
Sem surpresas esta foi a zona da cidade onde me cruzei com mais turistas, e bastou-me seguir toda a gente para chegar à entrada principal.
A visita à Tokyo Sky Tree foi literalmente o momento alto do dia e foi já quando começava a escurecer que iniciei a minha longa caminhada de volta ao hotel ao qual só cheguei depois de me deliciar com mais uma excelente refeição no mesmo restaurante onde havia estado na noite anterior.
Desta vez optei por comer uma deliciosa sopa de noodles temperada com curry japonês e acompanhada com pequenos pedaços de algas e cebola.
O nome deste pitéu é Curry Udon Noodles.
Este foi o meu primeiro dia a sério na capital do Japão e não podia ter iniciado esta aventura da melhor maneira.
Amanhã há mais e posso já avançar que a próxima crónica vai cheirar a peixe!
**** Os preços e horários apresentados são referentes ao período da nossa passagem (Março de 2015) e obviamente estão sujeitos a alterações.
Após esta experiência deveras espiritual, continuei a minha visita ao templo até que a barriga começou a reclamar.
Quando tinha chegado apercebi-me de uma acumulação de pessoas à porta de uma pequena loja que vendia, segundo me pareceu, uma espécie de pão de aspecto delicioso.
Resolvi então voltar a passar por lá para experimentar. Paguei 220 JPY por um pão daqueles que afinal era doce. Sentei-me um banco e ali fiquei a "devorar" o meu almoço enquanto apreciava o vai e vem das centenas de pessoas que chegavam e partiam a toda a hora.
Este momento de descanso soube-me bem mas a verdade é que não podia ficar ali muito mais tempo, por isso segui o meu caminho em direção ao edifício mais alto da capital.
Do si1tio de onde me encontrava já conseguia ver a Tokyo Sky Tree e até parecia que ficava já ali, do outro lado da estrada.
Deixei para trás o Templo Senso-ji, embrenhei-me pelas ruas e ruelas daquela zona e nem sequer precisei de consultar o mapa, já que a torre se destacava claramente da paisagem envolvente. A certa altura cheguei a uma espécie de canal e na margem oposta avistei uns quantos prédios de entre os quais sobressaía um com um arquitetura completamente fora do comum e que se assemelhava a uma escultura dourada encabeçada pelo que aparentava ser um espermatozoide. Já tinha visto algumas fotos do tal edifício mas ali ao vivo e a cores era ainda mais bizarro.
Deixei para trás o Templo Senso-ji, embrenhei-me pelas ruas e ruelas daquela zona e nem sequer precisei de consultar o mapa, já que a torre se destacava claramente da paisagem envolvente. A certa altura cheguei a uma espécie de canal e na margem oposta avistei uns quantos prédios de entre os quais sobressaía um com um arquitetura completamente fora do comum e que se assemelhava a uma escultura dourada encabeçada pelo que aparentava ser um espermatozoide. Já tinha visto algumas fotos do tal edifício mas ali ao vivo e a cores era ainda mais bizarro.
Vim mais tarde a saber que o prédio da esquerda (dourado) é onde estão instalados os escritórios principais da cerveja japonesa Asahi e representa uma caneca de cerveja, já o tal do espermatozoide nunca caiu nas graças da população local e é motivo de inúmeras piadas.
Atravessei uma das várias pontes ali existentes e continuei sempre fascinado com o que comigo se ia cruzando. Não que caminhasse por locais lindos de morrer, mas sim devido à organização e ao civismo existente e pouco comum no "mundo atual".
Devo realçar que nunca me cruzei com um automóvel mal estacionado e que as pessoas eram racionais a conduzir, respeitando os sinas de trânsito e as passadeiras. Também raramente vi um papel jogado para o chão (mesmo não existindo caixotes do lixo nas ruas).
Quase sem dar por isso já me encontrava praticamente aos pés do gigante de betão e ferro com 634 metros de altura.
Sem surpresas esta foi a zona da cidade onde me cruzei com mais turistas, e bastou-me seguir toda a gente para chegar à entrada principal.
Este era um dos locais que queria mesmo visitar durante a minha estadia em Tokyo e talvez por isso tenha feito quase oito quilometro a pé para aqui chegar! A Tokyo Sky Tree situa-se no distrito de Sumida e está incorporada num complexo comercial de onde se destaca o Sumida Aquarium (que não visitei), mas que faz parte do roteiro turístico da capital.
Já no lobby principal comprei por 2060 JPY o ingresso que me iria permitir o acesso ao deck de observação que se encontra a 350 metros de altura.
Fui então encaminhado para um dos elevadores "supersónicos" que vão do nível do solo até ao primeiro deck de observação em apenas 50 segundos...Incrível!
Apesar de haver bastantes pessoas, o processo de subida foi rápido e num piscar de olhos estava com a cidade de Tóquio aos meus pés.
Mesmo com o tempo nublado, a visão lá do alto revelou-se extremamente boa e só naquele momento e naquele ponto elevado é que tive a verdadeira noção da grandeza da cidade.
Prédios e mais prédios a perder de vista. Todo o terreno está coberto de construções numa extensão de talvez uma centena de quilómetros em todas as direções.
Fui então encaminhado para um dos elevadores "supersónicos" que vão do nível do solo até ao primeiro deck de observação em apenas 50 segundos...Incrível!
Apesar de haver bastantes pessoas, o processo de subida foi rápido e num piscar de olhos estava com a cidade de Tóquio aos meus pés.
Mesmo com o tempo nublado, a visão lá do alto revelou-se extremamente boa e só naquele momento e naquele ponto elevado é que tive a verdadeira noção da grandeza da cidade.
Prédios e mais prédios a perder de vista. Todo o terreno está coberto de construções numa extensão de talvez uma centena de quilómetros em todas as direções.
O deck tem dois ou três andares que se podem visitar (já não me lembro muito bem) e acabei por ali permanecer mais de uma hora e meia.
A visita à Tokyo Sky Tree foi literalmente o momento alto do dia e foi já quando começava a escurecer que iniciei a minha longa caminhada de volta ao hotel ao qual só cheguei depois de me deliciar com mais uma excelente refeição no mesmo restaurante onde havia estado na noite anterior.
Desta vez optei por comer uma deliciosa sopa de noodles temperada com curry japonês e acompanhada com pequenos pedaços de algas e cebola.
O nome deste pitéu é Curry Udon Noodles.
Este foi o meu primeiro dia a sério na capital do Japão e não podia ter iniciado esta aventura da melhor maneira.
Amanhã há mais e posso já avançar que a próxima crónica vai cheirar a peixe!
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Um dos meus maiores sonhos é ir ao Japão =) Como programaram a viagem, foi por agencia de viagens? Ou pesquisaram voces o alojamento e voos? Passem lá no blogue, e convido-vos a subscreverem se gostarem* bjs e bons passeios
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