sábado, 10 de dezembro de 2016

MALDIVAS - ROTEIRO PARA UMA VIAGEM EM MODO LOW COST


Há meia dúzia de anos atrás ninguém imaginava ser possível viajar para as Maldivas de forma económica. Nessa altura os resorts de luxo, situados em ilhas privadas eram a única opção de alojamento e devido aos preços praticados, poucas pessoas tinham a oportunidade de conhecer este pedaço de paraíso banhado pelas águas translúcidas do Oceano Índico.
Contudo, nos últimos tempos o panorama turístico alterou-se e algumas ilhas habitadas por comunidades locais abriram portas ao turismo independente fazendo com que  pouco a pouco as Maldivas se fossem transformando num destino igualmente acessível a todos aqueles que viajam com um budget de certa forma limitado. 
Mas nem tudo são rosas e as imagens dos cartões postais estão longe ser ser o reflexo fiel do que realmente é este país. Convêm não esquecer que as Maldivas são um país muçulmano onde obviamente a venda de bebidas alcoólicas é proibida e onde convém adaptar uma postura de respeito para com os habitantes locais.
No que diz respeito a banhos, e apesar de existirem diversas praias publicas é importante
realçar que os turistas só podem desfrutar das chamadas Bikini Beaches.


INFORMAÇÕES ÚTEIS:

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COMO CHEGAR ÁS MALDIVAS?
A principal porta de entrada nas Maldivas é na maioria dos casos o Aeroporto Internacional Ibraim Nasir, situado a uma curta distancia da capital, Malé.
São bastantes as companhias que voam para este destino e atualmente devido à grande concorrência existente é possível conseguir ótimos preços. No nosso caso pagámos pouco mais de 300 euros por um voo Madrid - Londres - Malé - Londres - Madrid, operado pela espanhola Iberia.


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COMO SE DESLOCAR ENTRE ILHAS
  • FERRY: O Aeroporto internacional fica situado na pequena ilha de Hulhulé. No exterior do terminal de chegadas pode apanhar o Ferry local que sai a cada dez minutos em direção a Malé. O trajecto não demora mais de um quarto de hora a realizar. Uma vez que os locais que sugerimos visitar ficam todos a Sul não só do aeroporto como também da ilha de Malé, vai ser necessário chegar ao Terminal de Ferry's Villingili de onde partem os barcos para a área que elegemos para a nossa estadia. Este trajecto pode ser feito a pé (+/- 20 minutos) ou de taxi. Se optar pela segunda opção não pague mais de 30 MVR (2 USD).
  • PARTIDAS DE MALÉ PARA GULHI, MAAFUSHI E GURAIDHOO:
  • Segunda feira:15:00
  • Terça feira:10:00/15:00
  • Quarta feira:15:00
  • Quinta feira:10:00/15:00
  • Sexta feira:fora de serviço
  • Sábado:15:00
  • Domingo:10:00/15:00

  • SPEEDBOAT: Para aqueles que tenham voos a aterrar depois das 15:00 ou que prefiram chegar ao destino de forma mais rápida e cómoda, existe sempre a opção Speedboat que pode ser combinada e marcada antecipadamente com o hotel. Este serviço tem um custo mínimo de 100/150 USD por pessoa.




AS ILHAS QUE SUGERIMOS VISITAR E ONDE VAI CONSEGUIR MANTER O SEU ORÇAMENTO CONTROLADO:

Ao todo as Maldivas são constituídas por cerca de 1200 ilhas, das quais somente 200 são habitadas. 
Uma centena são atualmente privadas e ocupadas por resorts de luxo e outras tantas habitadas pela população local.
Em baixo deixamos uma lista com algumas das ilhas que podem ser visitadas de forma independente e onde terão a oportunidade de desfrutar do paraíso sem que seja necessário estoirar o orçamento.



.ILHA DE MAAFUSHI
Este é sem sombra de dúvidas a ilha mais visitada por mochileiros e talvez a mais animada que terão a oportunidade de conhecer. Bares, restaurantes, hotéis e guesthouses abundam por toda a parte e onde é possível permanecer três ou quatro dias sem gastar muito dinheiro.
.A CRÓNICA COMPLETA SOBRE A NOSSA PASSAGEM POR MAAFUSHI AQUI.




.ILHA DE GULHI
Com um ambiente bastante mais tranquilo, esta é uma ótima escolha para quem quer passar um par de dias de papo para o ar. Tanto as opções de alojamento como de restauração são bastante mais limitadas que em Maafushi, ainda que os preços são em tudo idênticos.
.A CRÓNICA COMPLETA SOBRE A NOSSA PASSAGEM POR GULHI AQUI.




.ILHA DE FULHIDOO
Apesar de não termos visitado esta ilha, temos amigos que lá estiveram que nos disseram maravilhas do local. O acesso pode ser feito através de speedboat que convém reservar previamente com o hotel escolhido. Para quem prefere algo mais barato a alternativa é o lento ferry boat, que circula no sentido Malé-Fulhidoo somente ao domingo, terça-feira e quinta-feira e na direção inversa ao sábado, segunda-feira e quarta feira. 

.MALÉ

A capital é na maioria dos casos a porta de entrada e saída do país. Apesar do aeroporto internacional se situar na ilha vizinha de Hulhulé, a verdade é que se optarem por viajar de forma economia terão sempre de se deslocar a Malé de forma a apanhar um speedboat ou um ferry para uma das ilhas que mencionamos em cima.
Sugerimos que guardem um dia para visitar este local e sentir a verdadeira essência das Maldivas e do seu povo.

.A CRÓNICA COMPLETA SOBRE A NOSSA PASSAGEM POR MALÉ AQUI.



O QUE (PODERÁ) FAZER DURANTE A SUA ESTADIA NAS MALDIVAS:

Além das bonitas praias onde com certeza irão passar grande parte do tempo e onde é possível ocupar o tempo com atividades como padle board ou kayak e também da descoberta da vida e da cultura local, estas ilhas que que vos falamos, pouco mais têm para oferecer. Contudo a grande maioria dos hotéis propõem tours diários que levarão os visitantes a viver experiências únicas de onde destacamos o mergulho/
snorkeling no meio de corais e peixes de mil cores com o bonus de poder observar tartarugas, tubarões e mantas. Estes tour's saem diariamente e têm um custo que varia entre 20 e 50 USD.

Por cerca de 80 USD terão também a oportunidade de mergulhar com tubarões baleia.
Existem igualmente passeios que mediante um pagamento de cerca de 100 USD, permitem a ida a um dos vários resort's de luxo das imediações com direito usufruir das instalações assim como de uma refeição.




.ONDE DORMIR:
Apesar de ser rotulado como destino de luxo, as Maldivas não são diferentes de qualquer outro país, existindo de facto opções de alojamento para todos os gostos e carteiras. O importante é definir um budget e a partir dai escolher a solução que mais se enquadra nas suas pretensões.
Nós, durante a nossa viagem resolvemos só por uma vez experimentar algo um pouco mais refinado de forma a sentir por um par de dias aquele lado mais luxuoso das Maldivas.
Nos restantes dias optámos por hotéis e guesthouses económicas, porque o verdadeiro objectivo desta viagem era conseguir passar uma semana nas Maldivas em modo lowcost. 
Estes são os locais onde ficámos alojados:


ONDE DORMIMOS EM MAAFUSHI

Na ilha mais procurada por turistas independentes demo-nos ao luxo de gastar 115 USD por noite no Hotel Kaani Beach. Foi este o preço que pagámos por uma quarto duplo, com direito a free wi-fi,toalhas e espreguiçadeiras na praia, material de snorkling e o uso de bicicletas. Neste tarifa estava igualmente incluido o regime de meia pensão para duas pessoas com bebidas incluídas à refeição escolhida (almoço ou jantar).
O hotel fica situado a dois passos da Bikini Beach.
Para quem pretender algo mais económico, facilmente encontrará na ilha outras soluções, uma vez que em Maafushi existem um sem numero de escolhas de alojamento.


.ONDE DORMIMOS EM GULHI

Ficámos dois dias neste pequeno paraíso. Na altura em que lá estivemos, constatamos que o numero de opções de alojamento ainda era de certa forma limitada, mas suficiente para o pouco fluxo de turistas que a visita. Contudo e ao passearmos pela ilha demo-nos conta que mais e mais hotéis e guesthouse's estão a ser construídos e com certeza nos próximos anos a oferta vai ser bastante mais que a procura, fazendo com que os preços baixem ainda mais.
O Lagoon Beach Veli foi a nossa escolha. Esta é a opção mais económica da ilha, mas que serviu perfeitamente as nossas exigências. A reserva foi feita directamente no local e o preço acordado foi de 40 USD por noite por um quarto duplo com w.c. privativo, pequeno almoço e toalhas de praia.
Trata-se de uma pequena guesthouse com somente quatro quartos e que fica situada a trinta segundos da bikini beach.


.ONDE DORMIMOS EM MALÉ

A capital não é por natureza um local que atraia muitos turistas e as opções de alojamento não abundam e as que existem praticam preços de certa forma exagerados para os nossos padrões.
À semelhança de Gulhi, também aqui não levávamos alojamento previamente reservado.
Após alguma procura e ofertas de preços que nos fizeram desesperar, encontrámos finalmente algo que satisfazia os nossos bolsos.
A escolha recaiu pelo Kaani Lodge, um hotel bastante simples que mesmo assim nos custou 50 USD por noite por um quarto duplo com w.c. privativo, free wi-fi e pequeno almoço.



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2 comentários:

  1. Olá João. Tudo bem? Estamos epquisando, eu e minha esposa, passear em Maldivas pôr cinco dias , porém achamos tudo muito caro (mesmo). Vi que é possível visitar com custos reduzidos, como vocês fizeram. Pergunto, só tem venda de cerveja nos resorts? Vocês recomenda uma praia para curtir os cincos dias? Obrigado.

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