Uxmal seria a primeira paragem do dia.
Deixámos Mérida ainda o sol não tinha nascido e percorremos as ruas iluminadas e ainda desertas da mesma cidade que ontem se encontrava cheia de vida. Na periferia fizemos uma curta pausa numa bomba de gasolina para atestar o depósito do nosso carro, aproveitando também para beber um café e comprar alguns mantimentos. Uma embalagem de pão de forma, queijo,iogurtes e um cacho de bananas servirão para nos manter alimentados até á hora de jantar.
A humidade já se faz sentir e àquela hora da manhã o calor obriga-nos a seguir viagem com os vidros abertos. Sabe-nos bem aquela brisa matinal.
É para sul que queremos ir. Como não temos GPS, limitado-nos a seguir as indicações e apontamentos que fizemos no mapa que conseguimos ainda no aeroporto, aquando da nossa chegada a Cancún.
As placas de sinalização ajudam-nos facilmente a sair da cidade e as ótimas estradas que se estende por retas intermináveis fazem com que avancemos a bom ritmo.
Uma hora, foi o tempo que precisámos para percorrer os oitenta quilómetros que separam a cidade onde dormimos e a zona arqueológica de Uxmal.
À entrada uma cancela faz-nos parar. Tal com em Chichen Itza temos de pagar para utilizar o parque de estacionamento.
30 MXN é o preço exigido. Pagamos e procuramos uma sombra onde possamos tomar o pequeno almoço enquanto aguardamos que o acesso ás ruínas abram seja autorizado.
Por agora o movimento é bastante reduzido. Só dois ou três carros e uma van carregada com turistas chineses chegam enquanto ali estamos.
Oito horas e as bilheteiras abrem portas. O processo é rápido apesar de termos de comprar dois ingressos, em dois guichets diferentes. O preço total é 218 MXN.
Rapidamente percebemos o quanto especial é este local.
Não precisamos de pressas, andamos ao nosso ritmo como se fossemos os primeiros exploradores a chegar aquele mundo perdido.
Um após outro vamos desbravando aqueles edifícios monumentais, tentando que nada nos escape. Se Chichén Itzá tem a fama, Uxmal tem definitivamente o proveito, o carisma, e a beleza. Tem tudo e mais alguma coisa, menos os milhares de turistas que invadem diariamente as famosas ruínas da Riviera Maia.
É impossível não imaginar como seria este local quando o povo Maia aqui habitava. Quem terá em tempos subido aqueles degraus ou andado pelos mesmos caminhos que hoje percorremos armados em Indiana Jones?
Sentamo-nos no topo de uma das pirâmides a contemplar toda aquela grandiosidade e em jeito de desabafo, solto o que sinto naquele momento!
"-que local fantástico...memorável."
Memorável é essa a palavra que melhor define a nossa passagem por Uxmal.
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