O dia amanheceu quente. Desde que estamos no México talvez seja aquele em que a temperatura matinal atingiu o nível mais elevado. Para além disso é também hoje que se assinala o solstício de Primavera, uma daquelas datas importantes nas quais o povo mexicano faz questão de visitar algumas das principais áreas arqueológicas do país. Prevê-se então um dia de grandes multidões, mas nada que nos demova de realizar um dos objetivos traçados para a nossa estadia na cidade de Oaxaca de Juarez. Como seria expectável, a carrinha que nos transporta segue bem composta. Para além de nós seguem mais dois ou três turistas e talvez uma meia dúzia de habitantes locais bem aperaltados, na esperança de fazerem boa figura neste dia de celebração.
Ainda que seja sempre a subir, o trajeto não se alonga por mais de quinze minutos e à medida que nos aproximamos do destino somos confrontados com um movimento que acaba por superar largamente o que antecipámos. Ao longo da berma da estrada, e quando ainda faltam cerca de um par de quilómetros para a entrada da zona arqueológica, alinham-se dezenas de carros e autocarros que aparentemente já não conseguiram lugar no parque de estacionamento situado já bem perto do topo e ao qual o nosso chauffeur só acede para largar os passageiros.
Por ser Domingo os mexicanos têm entrada gratuita e a nossa passagem pela bilheteira acaba por ser rápida. Já na posse dos ingressos e com a informação de que o Museu se encontra encerrado para manutenção, aligeiramos o passo de forma a ganhar terreno sobre os diversos grupos que seguem uns metros mais adiante.
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Neste primeiro contacto com a antiga capital da civilização Zapoteca cruzamo-nos com alguns pequenos edifícios que para já não fazem jus ao peso histórico que este local teve no passado. Contudo cada uma das construções presente nestes terrenos é na realidade um testemunho valioso do que outrora foi uma das mais importantes cidades pré-hispânicas do país. Palácios, templos, observatórios astronómicos, áreas de recreação assim como praças e estruturas cerimoniais são só alguns dos locais que compõem este enorme complexo situado no ponto mais elevado de uma colina que terá sido propositadamente aplanada com o objetivo de facilitar a sua construção.
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A visita às ruínas de Monte Albàn correspondeu exatamente ao que havíamos idealizado e a experiência acabou por valorizar ainda mais a nossa passagem pela região de Oaxaca. Este é sem dúvida um local que deverá fazer parte do roteiro de quem quer conhecer o melhor que esta área do país tem para oferecer.
INFORMAÇÕES ÚTEIS:
.COMO CHEGÁMOS A MONTE ALBÀN
Para chegarmos à zona arqueológica de Monte Albàn tendo como ponto de partida a cidade de Oaxaca, optámos por recorrer a uma pequena agência - Lescas Co Tours - que assegura as deslocações entre os dois pontos. O trajeto é realizado num mini-bus, tem um custo de 100 MXN ida e volta e poderá ser reservado on-line, no Hotel Rivera del Ángel ou na loja situada em frente da Catedral de Oaxaca. Uma vez que existem diversas partidas e regressos durante o dia, conseguimos ficar nas ruínas o tempo que achámos necessário, explorando o espaço ao nosso ritmo.
-OS HORÁRIOS DAS SAÍDAS DE OAXACA: 8:30, 9:30, 10:30, 11:30, 12:30, 13:30, 14:30, 15:30.
-OS HORÁRIOS DAS SAÍDAS DE MONTE ALBÀN: 12:00, 13:00, 14:00, 15:00, 16:00, 17:00.
.QUANTO CUSTA VISITAR AS RUÍNAS DE MONTE ALBÀN
O bilhete para visitar à área arqueológica de Monte Albàn tem um custo de 85 MXN. Este ingresso permite igualmente o acesso ao museu situado ao lado da bilheteira.
.QUAL A MELHOR ALTURA PARA VISITAR AS RUÍNAS DE MONTE ALBÀN
Tendo em conta a nossa experiência achamos que a melhor altura para visitar a zona arqueológica de Monte Albàn é logo pela manhã, uma vez que o calor que se faz sentir durante o dia poderá eventualmente ser uma condicionante. Se o visitante optar por não ter em conta este fator, achamos que é importante referir que as sombras existentes são bastante limitadas.
Relembramos também que aos domingos o acesso para os cidadãos mexicanos é gratuito, fazendo deste dia uma altura menos boa se por acaso o visitante pretender conhecer o local sem grandes multidões.
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