A nossa estadia na cidade de Palenque foi curta mas ainda assim quisemos aproveitar o tempo disponível para, além da zona arqueológica, ficar igualmente a conhecer um pouco mais da região envolvente. Para além das ruínas sabíamos também da existência de várias cascatas situadas nas áreas ao redor da cidade e depois de alguma pesquisa percebemos que as de Roberto Barrios seriam aquelas que melhor se enquadravam nas nossa pretensões. Ficavam relativamente perto o local onde estávamos, eram fáceis de alcançar e com uma tarifa de acesso simpática tendo em conta o budget traçado para esta viagem.
No dia escolhido acordámos cedo e depois de um pequeno almoço simples caminhámos a curta distância que separa o nosso hotel do ponto assinalado no nosso gps, onde, segundo as informações recolhidas, poderíamos apanhar um coletivo até ao local que queríamos alcançar. Pagamos o devido ingresso e já sentados na traseira da carrinha de caixa aberta, é-nos transmitido que teremos de aguardar até que os restantes lugares sejam preenchidos, algo que segundo o jovem chauffuer não deverá tardar muito.
De facto a espera não se alongou por mais de cinco minutos e no mal tratado veiculo avançamos então pelas estreitas ruas da cidade de Palenque que mais uma vez se mostram pouco interessantes ao nosso olhar. A área urbana é rapidamente engolida pela selva e aquela viagem de quase uma hora leva-nos por estradas e paisagens de aspeto rural, nas quais o verde é sem surpresas o tom dominante.
O derradeiro trecho do trajeto é pautado por uma longa sucessão de curvas e contra-curvas que só se extinguem no momento em que alcançamos o modesto aglomerado habitacional que serve de porta de entrada para aquele que se viria a revelar um dos mais fantásticos locais que conhecemos nesta viagem pela região central do México.
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Mal deixamos o veículo e antes mesmo de conseguirmos lançarmos o olhar sobre as cascatas impõe-se que paguemos uma espécie de contribuição para aceder à área na qual estas se situam. Devidamente autorizados atravessamos a pequena aldeia, penetrando depois numa zona florestal. Avançamos através de um trilho de terra que nos facilita o avanço por entre a densa vegetação e a cada passo dado o ruído da água está claramente mais próximo, misturando-se de quando em vez com o som do vento que nesta manhã insiste em fazer balançar as copas das árvores.
Se a primeira cascata surge de surpresa, sem que nos fosse dado tempo para nos prepararmos para a sua beleza, as seguintes acabam por ser um espécie de prolongação da visão inicial. Neste trecho o rio presenteia-nos com um número considerável de tanques de águas azul turquesa, distribuídos por vários níveis nos quais se vão aglomerando pequenos grupos de visitantes.
INFORMAÕES ÚTEIS:
.COMO CHEGÁMOS ÀS CASCATAS ROBERTOS BARRIOS
Estávamos em Palenque e como já foi referido optámos chegar às cascatas Roberto Barrios usando os tradicionais coletivos. Este meio de transporte muito usado no México é, na nossa opinião, a forma mais prática e económica de realizar o trajeto entre estes dois locais. A viagem tem um custo de 50MXN por trajeto e dura aproximadamente uma hora. Os coletivos para as Cascatas Roberto Barrios podem ser apanhados AQUI.
.QUANTO CUSTA O INGRESSO PARA VISITAR AS CASCATAS
O acesso às cascatas Roberto Barrios tem um custo de 30MXN. Esta pequena contribuição cobrada no momento em que atravessamos a aldeia que serve de porta de entrada à área florestal onde as cascatas se encontram, é certamente uma valiosa ajuda para esta comunidade que acaba por dividir o seu "território" com as dezenas de visitantes que ali passam diariamente.
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