Quem leu a nossa crónica anterior percebeu que no dia de hoje tínhamos planeado fazer algo especial, tão especial que ás sete da manhã já nos encontrávamos nas margens da bonita Lagoa das Furnas.
Estávamos aqui com uma missão e como tal não chegámos de mãos a abanar. Connosco trouxemos uma panela (que nos emprestaram na Guest House Marisol) e dois sacos cheios de ingredientes que iriam ser usados para fazer o nosso almoço.
Como já deve ter percebido o objectivo de hoje era sermos nós mesmo a confeccionar o nosso próprio cozido, um dos pratos mais típicos de S.Miguel.
Ainda que nada faltasse, assim que chegámos, deparámo-nos com um enorme problema de logística, uma vez que estávamos convencidos que no local haveria todas as condições necessárias para as pessoas poderem preparar as suas refeições, mas ao invés, nem um lavatório para lavar os legumes existia.
Numa altura em que já estávamos meio desesperados e sem saber muito bem o que fazer, apareceu um simpático senhor que se ofereceu para nos ajudar. Aceitámos de imediato e depois de explicarmos a situação o homem levou-nos até à dona Luiza que prontamente resolveu este imbróglio que quase punha em causa tudo o que havíamos planeado para hoje.
A dona Luiza era a responsável pelos serviços sanitários da lagoa e foi precisamente nas casas de banho do parque que o nosso cozido começou a ganhar forma.
Com a ajuda e o olhar atento da nossa heroína improvável lá fomos enfiando na panela pela ordem correcta (sim, porque confeccionar o famoso cozido das furnas tem uma ciência) todos os ingredientes que havíamos comprado
Estávamos aqui com uma missão e como tal não chegámos de mãos a abanar. Connosco trouxemos uma panela (que nos emprestaram na Guest House Marisol) e dois sacos cheios de ingredientes que iriam ser usados para fazer o nosso almoço.
Como já deve ter percebido o objectivo de hoje era sermos nós mesmo a confeccionar o nosso próprio cozido, um dos pratos mais típicos de S.Miguel.
Ainda que nada faltasse, assim que chegámos, deparámo-nos com um enorme problema de logística, uma vez que estávamos convencidos que no local haveria todas as condições necessárias para as pessoas poderem preparar as suas refeições, mas ao invés, nem um lavatório para lavar os legumes existia.
Numa altura em que já estávamos meio desesperados e sem saber muito bem o que fazer, apareceu um simpático senhor que se ofereceu para nos ajudar. Aceitámos de imediato e depois de explicarmos a situação o homem levou-nos até à dona Luiza que prontamente resolveu este imbróglio que quase punha em causa tudo o que havíamos planeado para hoje.
A dona Luiza era a responsável pelos serviços sanitários da lagoa e foi precisamente nas casas de banho do parque que o nosso cozido começou a ganhar forma.
Com a ajuda e o olhar atento da nossa heroína improvável lá fomos enfiando na panela pela ordem correcta (sim, porque confeccionar o famoso cozido das furnas tem uma ciência) todos os ingredientes que havíamos comprado
no dia anterior.
Depois de cheia, a panela foi atada com uma corda que segura firmemente a tampa de modo a que permanecesse fechada durante todo o processo, reduzindo assim a entrada do vapor de enxofre que brota do solo. Por fim, envolvemo-la numa toalha velha de forma a evitar que o nosso cozido fosse invadido pela terra que é usada para tapar os buracos.
De panela na mão seguimos em direção ás várias dezenas de buracos ali existentes e com a assistência de um funcionário colocámo-la no fosso. Antes de abandonarmos a zona de cozedura foi-nos dada uma chapa que identifica o local onde foi enterrado o nosso cozido.
Com este assunto despachado, pagámos a taxa cobrada para a utilização dos serviços e uma vez que todo o processo tem uma duração de cinco horas, aproveitámos o tempo para passear e conhecer toda a zona e arredores.
Uma vez que estávamos naquele local não deixámos passar a oportunidade de caminhar sobre os passadiços de madeira que se alongam sobre as impressionantes Fumarolas ali existentes.
Depois de cheia, a panela foi atada com uma corda que segura firmemente a tampa de modo a que permanecesse fechada durante todo o processo, reduzindo assim a entrada do vapor de enxofre que brota do solo. Por fim, envolvemo-la numa toalha velha de forma a evitar que o nosso cozido fosse invadido pela terra que é usada para tapar os buracos.
De panela na mão seguimos em direção ás várias dezenas de buracos ali existentes e com a assistência de um funcionário colocámo-la no fosso. Antes de abandonarmos a zona de cozedura foi-nos dada uma chapa que identifica o local onde foi enterrado o nosso cozido.
Com este assunto despachado, pagámos a taxa cobrada para a utilização dos serviços e uma vez que todo o processo tem uma duração de cinco horas, aproveitámos o tempo para passear e conhecer toda a zona e arredores.
Uma vez que estávamos naquele local não deixámos passar a oportunidade de caminhar sobre os passadiços de madeira que se alongam sobre as impressionantes Fumarolas ali existentes.
As fumarolas são pequenas crateras de onde brota, em alguns casos, água a uma temperatura extremamente elevada. Noutras situações quando a quantidade de água é mínima é uma espécie de lama que igualmente se encontra em ebulição.
De referir que para aqueles que têm um olfato mais sensível, este é um local que provavelmente não irão gostar muito, pois paira no ar um cheiro intenso a enxofre.
Abandonámos a Lagoa das Furnas e seguimos em direção da Vila das Furnas situada num bonito vale, a pouco mais de dois quilómetros de distância da lagoa.
Aqui o grande ponto de interesse é, mais uma vez, um conjunto de Fumarolas espalhadas por uma área considerável.
Depois de percorrermos toda a zona aproveitámos para beber um café e comer uma deliciosa sandes de queijo.
De seguida fomos visitar aquele que é considerado o jardim mais bonito da ilha. Praticamente toda a gente que vem a São Miguel faz questão de conhecer os incríveis jardins do Parque Terra Nostra.
No balcão situado à entrada pedimos um mapa do parque, que muito nos ajudou para nos orientar-nos no interior daquele autêntico labirinto que acolhe a maior coleção de espécies botânicas do arquipélago.
Flores e plantas à parte, a visita ao parque não pode ficar completa sem um delicioso mergulho na enorme Piscina Termal de água férrea que mantém uma temperatura constante de aproximadamente de 35°C.
Quando decidimos abandonar este local já eram praticamente horas de regressarmos à Lagoa das Furnas para desenterrar o nosso cozido.
À chegada ao parque entregámos a chapinha que nos havia sido fornecida e que continha o número do buraco onde se encontrava o nosso almoço.
Como seria de esperar estávamos bastante expectantes em relação ao resultado desta nossa extravagância e não foi preciso esperarmos muito para obtermos a resposta que tanto aguardávamos.
Mais uma vez, com o auxílio de um funcionário, retirámos a panela e num ápice já estávamos numa das muitas mesas ali existentes prontos para finalmente nos deliciarmos com esta iguaria local.
Só é pena que as imagens não consigam transmitir o cheirinho que saiu daquela panela quando a abrimos.
Como não podia deixar de ser, fizemos questão de convidar a dona Luisa para se juntar a nós. O convite foi prontamente aceite e ali ficámos os três na conversa enquanto saboreávamos o cozido.
Após aquela refeição que sem surpresas acabou por ser a mais especial que comemos durante a nossa viagem pelos Açores, achámos que seria boa ideia darmos um pequeno passeio para ajudar na digestão!
Decidimos caminhar até á margem oposta da lagoa onde se situa a bonita Capela de Nossa Senhora das Vitórias. O que inicialmente era para ser um curto passeio, rapidamente se transformou numa caminhada de quase três horas. Foram cerca de nove quilómetros (ida e volta) de autêntico deleite sempre rodeados pela natureza no seu estado mais genuíno.
Hoje ainda fazíamos questão de visitar outro dos locais que de maneira nenhuma pode ficar de fora do roteiro de quem quer conhecer a ilha de São Miguel. Foi já perto das cinco da tarde que chegámos aos espetaculares tanques da Poça da Dona Beija, situados na Vila das Furnas.
Esta área é composta por um conjunto da diversas pequenas piscinas, alimentadas por uma nascente de água quente que vai escorrendo sucessivamente por vários tanques. No primeiro (mais perto da nascente) a água está incrivelmente quente ao passo que no último a temperatura já é mais aceitável.
Uma vez que este local se encontra aberto até as dez da noite, optámos por visitá-lo ao final do dia de forma a podermos ficar para além do pôr-do-sol. E acabou por ser exactamente isso que aconteceu. Foi neste incrível local que demos por terminado o nosso terceiro dia nos Açores.
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