segunda-feira, 3 de julho de 2017

PASSADIÇO DO ALAMAL - PASSEAR DE MÃOS DADAS COM O TEJO


Praia Fluvial do Alamal, pode ler-se numa placa com uma inscrição quase sumida e que anuncia a nossa chegada ao local que procurávamos. 
O tempo está ótimo. No ar sopra uma agradável brisa que atenua o calor, que sem exageros já aquece este final de manhã do mês de Junho.
Estacionamos o carro sob uma árvore que por agora ainda lhe confere alguma proteção e avançamos meia dúzia de passos. Sem surpresa já se avistam as águas azuis do Rio Tejo onde um pequeno grupo de jovens se refresca.
Quem diria que iríamos encontrar uma praia fluvial, bem tratada e com ótimas infra-estruturas, no interior deste vale onde nada mais há do que encostas repletas de vegetação. Um pouco mais abaixo, na outra margem, avista-se o Castelo de Belver que se ergue vaidoso no topo de um monte, como que de um eterno guardião se tratasse, protegendo as gentes que ainda por ali vivem.



Bebemos um café sentados na esplanada do bar que àquela hora dividimos com dois ou três veraneantes e depois de dois dedos de conversa com o simpático rapaz que gere o espaço damos finalmente início à caminhada que segundo nos disse, não será possível realizar na totalidade uma vez que a ponte de Belver se encontra encerrada para manutenção.

O Passadiço do Alamal surge logo depois da plataforma de ferro ao lado da qual aparece a primeira indicação que nos mostra o caminho a seguir. 
Apesar de na placa estar marcado PR1-3 Km's, a verdade é que o trilho não se prolonga por mais de dois, sendo necessário acrescentar outros tantos para regressar ao ponto de partida.


Sob um céu azul avançamos sem pressas, tendo como única companhia as nossas sombras que teimosamente nos seguem ao longo da estrutura de madeira que serpenteia ao longo da margem esquerda do rio Tejo.
As paisagens fantásticas que vão surgindo a cada nova curva obrigam-nos a parar constantemente e a máquina fotográfica dispara sem cessar de forma a eternizar e guardar aquelas telas pintadas pelas mãos da natureza.








O passadiço parece agora uma jangada que atracada à margem rochosa, flutuando ao sabor da brisa que faz balançar a superfície espelhada daquele braço de água.
Do lado de lá as muralhas do Castelo, teimam em seguir os nossos passos que sem grandes pressas cruzam pequenos terrenos onde vão crescendo arbustos, árvores e flores silvestres de cores variadas. À nossa volta voam borboletas e abelhas que afincadamente realizam a sua labora diária, enquanto numa das tábuas que preenche o chão, um gafanhoto apanha sol e nos obriga a fazer um desvio.








Já se avista a Ponte de Belver e com ela surge o ruído das máquinas que ali trabalham, interrompendo de forma violenta o silêncio e a tranquilidade que nos acompanhou durante a última hora.


A partir daqui não dá mesmo para continuar. Damos meia volta e caminhamos mais dois quilómetros agora na direção oposta. O filme repete-se e revivem-se as mesmas emoções.



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